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VÍDEO GAMES
Em Sydney, o homem é meio e mensagem
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DO PAINEL FC
Cathy Freeman dispara
em uma prova das eliminatórias dos 400 m no atletismo. Ao lado dela, correm outras atletas e uma câmera.
A imagem é fantástica: toda
de vermelho, a aborígene desfila no vídeo sua técnica e a
marca do fabricante de material esportivo, colada em seu
corpo esguio.
Quanto vale o show? Difícil
precisar, mas, diante do que
vem ocorrendo nos Jogos de
Sydney, muito mais do que os
ortodoxos da publicidade ousaram um dia pensar.
Estudo das principais agências de publicidade dos EUA
apontam que o corpo dos atletas será no futuro o mais rentável meio de marketing, único com capacidade de mostrar
marcas em TVs, jornais e Internet, além de associá-la à
mensagem de saúde e ação.
Os atletas sabem. Os australianos estão tatuando em braços e coxas símbolos do país ou
do seu agrado pessoal. Sob
agrado pessoal se abrigam
uma infinidade de signos. E se
eles gostarem de Nike?
Enquanto isso, no mundo
ocidental capitalista, o fuso
horário australiano empurra
para baixo os índices de audiência da TV e complica a vida dos patrocinadores das
transmissões.
A NBC, dona dos direitos de
TV dos Jogos nos EUA, já estuda dar um bônus aos patrocinadores se os índices continuarem abaixo do esperado.
Na Austrália, os telespectadores estão revoltados com a
cobertura do Canal 7 (Channel 7) dos Jogos de Sydney.
O principal motivo da reclamação é que nem todas as disputas da natação foram transmitidas ao vivo.
As provas deram lugar aos
comerciais. Resultado: prejuízo institucional para as marcas e para a emissora.
EM FOCO
O início das provas do atletismo
começou a tirar da UTI a audiência dos Jogos nos EUA.
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