|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
A BOA DE HOJE
A prova que não sai do lugar
Símbolo das Olimpíadas da Grécia na antiguidade, a maratona, que hoje
rea-liza sua prova feminina em Sydney, continua ainda com um "pé no
passado". Tanto no masculino quanto no feminino, a melhor marca
olímpica
não é superada desde a edição de 1984, em Los Angeles.
O tempo do vencedor em Atlanta-96, o sul-africano Josia Thugwane, foi
três minutos maior do que o do medalha de ouro em Los Angeles, o
português Carlos Lopes.
Para as mulheres, a situação não é diferente. A sul-africana Fatuma
Roba
cruzou a linha de chegada da prova em 1996 com um tempo quase dois
minutos superior ao obtido pela norte-americana Joan Benoit em 1984.
No mesmo período, a esmagadora maioria das provas do atletismo
apresentou expressivas quebras de marcas olímpicas.
Nos 100 m, em que a diferença entre os recordes é contada em
centésimos,
o norte-americano Carl Lewis triunfou em Los Angeles com um tempo de
9s99.
Doze anos depois, em Atlanta, o canadense Donavan Bailey venceu a prova
e bateu o recorde mundial com 9s84.
Em Sydney, as chances de um novo tempo olímpico na maratona também não
são grandes. Segundo a maior parte dos competidores, o percurso pelas
ruas da sede dos Jogos da Austrália não deve ajudar.
A maratona masculina só será disputada no último dia, e suas medalhas
entregues na festa de encerramento.
(PAULO COBOS)
Texto Anterior: A boa de ontem: A Bulgária levaouro no doping Próximo Texto: Vida na Vila: Borges pode ter dado seu adeus às Olimpíadas Índice
|