EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY

Derrotada pela França, e com um tropeço anterior diante da Austrália, a seleção brasileira feminina de basquete continua convencida de que mantém suas chances de chegar ao pódio.
"O que nós não podemos é levar uma lavada de 20 pontos do Canadá, que aí complica. É como adiar a morte", disse o técnico Antônio Carlos Barbosa, sobre as chances do time na próxima fase.
O time já está classificado, mas, se perder por larga margem de pontos para o Canadá, corre o risco de ficar em quarto no grupo, posição que o colocará, a seguir, diante dos EUA, o favorito ao título, em jogo eliminatório.
Técnico e jogadoras ficaram aborrecidos com a derrota para a França, por 73 a 70, na prorrogação, após empate em 63 pontos no tempo regulamentar.
"Estou irritado com a falta de sorte. A arbitragem anulou cesta da Alessandra e deu falta na jogada que decidiria o jogo, e a Janeth deixou escapar uma bola no final, um erro que ela dificilmente comete. Perdemos, mesmo tendo mais volume de jogo."
O Brasil chegou a ter vantagem por 63 a 61 no tempo regulamentar, quando permitiu o empate. Na prorrogação, as brasileiras desperdiçaram bolas fáceis. A França aproveitou a situação e abriu cinco pontos (73 a 68), avançando para a vitória.
Sobre o fato de ter utilizado Marta apenas 3min13s, Barbosa alegou que "a Cíntia estava bem demais na partida". Janeth, em compensação, atuou todos os 45 minutos (40 do tempo normal e mais 5 da prorrogação). Foi a cestinha, com 22 pontos, pegou quatro rebotes e fez duas assistências.
"É gozado o Brasil estranhar quando um time faz cestas de três pontos. Afinal o Brasil sempre ganhou com cestas de três. Nossa vitória foi resultado da marcação sobre a Janeth. Ela obteve os pontos que costuma marcar, mas não fez mais, o que seria um diferencial", disse a francesa Yannick Souvre, que acertou seis de oito tiros de três pontos.


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