São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2004

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PINGUE-PONGUE

"Consegui fazer o que a Daiane faz, meu Deus!"

DO ENVIADO A BARRETOS

Jade Fernandes Barbosa acorda todo dia às 6h, dorme à meia-noite, encara ônibus, treino, aulas na escola, alimentação controlada e diz que, apesar de não ser reconhecida, o esforço tem um objetivo duplo: o Pan-07, no Rio, e os Jogos de Pequim.
Em entrevista à Folha, falou como chegou à ginástica e que sonha em integrar a seleção, mas não em Curitiba, pois "faz frio demais". (CCP)
 

Folha - Como você começou a praticar ginástica artística?
Jade Fernandes Barbosa -
Eu vivia fazendo acrobacia em casa, pulando, plantando bananeira e outras coisas. Até assistia à TV de cabeça para baixo no sofá. Então meus pais me levaram para o CIB, onde treinava natação e ginástica artística. Não era tão boa na natação quanto na ginástica, por isso fui aconselhada e optei apenas pela ginástica. Além disso, gostava muito da Daniele.

Folha - Como você reagiu após realizar o duplo twist?
Jade -
Já perdi as contas de quantas vezes o fiz, mas em Londrina foi especial, tanto que após realizar a série eu disse: "Caramba, não acredito. Consegui fazer o que Daiane faz, meu Deus!". Todo mundo se emocionou.

Folha - Sabe que é a mais nova no mundo a fazer isso?
Jade -
Acho que sim. É legal, mas não muda muito. O que vale é o treino.

Folha - Qual é seu maior desafio agora? Fazer o esticado?
Jade -
Não. Tenho outros elementos e sou jovem. Meu maior desafio é acordar cedo. Meu pai é quem me acorda, senão ficaria na cama. Todo dia é difícil. Além disso, tenho que me manter bem porque até o Pan são três anos.

Folha - Há comparações com a Daiane?
Jade -
O tempo todo. O pessoal diz que sou forte como ela. Temos a mesma altura, e o fato de eu gostar mais do solo e conseguir realizar o duplo twist carpado ajuda muito para isso.

Folha - Você pensa em integrar a seleção brasileira?
Jade -
Sim. Meus sonhos são o Pan e a Olimpíada. Fazer o que gosto e satisfazer a todos. Mas, apesar da fraca estrutura do Flamengo, treinarei, se Deus ajudar, sempre no Rio, onde estão minha família, meus amigos e as praias. Nada contra Curitiba, mas lá faz frio demais.


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