FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O Santos viajou para Belém (PA) disposto a preservar a "gordura" acumulada na pontuação, que o manterá entre os oito primeiros -dentro da zona de classificação do Brasileiro- mesmo em caso de uma derrota para o Paysandu, hoje, às 20h30.
Em quinto lugar com 32 pontos, o time não será alcançado por Coritiba e Grêmio (nono e décimo colocados, respectivamente, com 27), que folgam na rodada. Mesmo se jogassem, os dois times poderiam, no máximo, chegar a 30.
Contudo o Santos não quer voltar para casa com a terceira seguida no torneio -o time vem de dois fracassos, diante do São Paulo (3 a 2) e da Lusa (2 a 1). Além disso, os jogadores e o técnico Emerson Leão querem evitar o clima de tensão que pode se formar para o jogo contra o Flamengo, na Vila Belmiro, caso a equipe sofra um novo revés hoje.
"Temos sobras de oxigênio para respirar? Temos. Agora, vamos gastar? Não. Precisamos ficar espertos porque, de repente, a gente perde o que conquistou", afirmou o atacante Alberto.
Seu companheiro de ataque, Robinho, suspenso, e o zagueiro Alex, contundido, não jogam.
Poupado dos últimos treinos por sentir dores no tornozelo direito, o meia-atacante Diego é dúvida. Se ele não jogar, Wel-lington ficará com a sua vaga. Para o lugar de Robinho, Leão escalou Robert. Essa opção obrigará Diego a atuar no ataque. Na zaga, o substituto de Alex será Preto.
No Paysandu, o técnico Hélio dos Anjos fez mistério sobre a escalação e o esquema tático do time, que treinou com os portões fechados no estádio da Curuzu, em Belém, para evitar a presença de espiões santistas.
O treinador alegou que o segredo é motivado pela importância da partida, considerada "chave" por ele para livrar o time, que tem 19 pontos e está em 24º lugar, do rebaixamento do Nacional.