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Teixeira reaparece por dívida
SANTOS
Credor, ex-presidente pode causar bloqueio de contas
EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
O ex-presidente do Santos
Marcelo Teixeira conseguiu
uma vitória na Justiça que
pode complicar a saúde financeira do clube do litoral.
Pela decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) de anteontem, as contas
do Santos correm o risco de
serem bloqueadas para o pagamento de uma dívida com
o antigo mandatário santista.
Teixeira e sua irmã eram
avalistas de um empréstimo
de R$ 15 milhões feito junto
ao Banco Safra, ainda em sua
gestão como presidente.
Já sob a gestão da atual diretoria, o Santos deixou de
pagar uma das parcelas do
crédito e a instituição financeira recorreu às contas dos
fiadores para abater a dívida
de cerca de R$ 12,7 milhões.
Teixeira, que volta a aparecer na vida do clube, disse
que pretende resolver o imbróglio de forma que o Santos não seja prejudicado.
"Queremos chamar os responsáveis para um entendimento e abrir um canal de comunicação de alto nível",
afirmou ele, derrotado nas
eleições do ano passado pela
chapa encabeçada por Luis
Alvaro de Oliveira Ribeiro.
"Eu mesmo estou à disposição para falar com a direção", completou Teixeira.
A princípio, o clube apresentou o CT Meninos da Vila,
utilizado pelas categorias de
base, como garantia na ação.
O imóvel chegou a ser penhorado, mas os advogados
que representam Teixeira pediram a substituição em um
agravo por ativos do clube.
Anteontem, em uma decisão unânime dos desembargadores do TJ-SP, foi definido que apenas ativos financeiros, e não imóveis, poderiam ser penhorados como
garantia para o valor da causa, o que pode acarretar o
bloqueio das contas.
O Santos já trabalha para
ingressar com um recurso,
que deve ser apresentado ao
STJ (Superior Tribunal de
Justiça) na semana que vem,
segundo o diretor jurídico do
clube, Luciano Moita.
Ele disse que o clube não
está preocupado com o possível bloqueio das contas, já
que o acórdão ainda não foi
publicado -apenas após este procedimento poderia haver a penhora do dinheiro.
"Não fomos oficialmente
avisados da decisão, mas vamos tentar reformá-la no
STJ", declarou Moita.
O advogado afirmou que o
clube deixou de quitar a parcela por não ter condições,
mas questiona a obrigação
de pagar Teixeira. "Entendemos que o empréstimo foi tomado sem autorização do
conselho", explicou.
"O importante é que esta
decisão é sobre a penhora. O
mérito ainda não foi analisado", concluiu Moita.
"Trabalhamos para tentar
cassar esta decisão", reforçou o diretor jurídico.
O novo estatuto do Santos,
ainda em fase de discussão,
proíbe que dirigentes emprestem dinheiro ao clube.
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