|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ATLETISMO
Autópsia descarta propalada relação entre morte de recordista e uso de doping
Epilepsia matou Florence, diz exame
da Reportagem Local
A velocista norte-americana Florence Griffith Joyner, recordista
mundial dos 100 m e 200 m rasos,
morreu devido a um ataque epilético que causou asfixia enquanto
dormia.
A informação foi dada pelo xerife
do Condado de Orange, Frank
Fitzpatrick, explicando que os exames toxicológicos indicaram que
Florence havia ingerido os remédios Tylenol (analgésico) e Benadryl (espectorante), mas que
"não havia nada de incomum no
que se refere a drogas".
Fitzpatrick participou da autópsia de Florence na cidade de Santa
Ana, na Califórnia.
Outras autoridades disseram que
o coração da atleta estava normal.
Desde a morte repentina da velocista aos 38 anos, em 21 de setembro, muito se especulou sobre as
causas prováveis.
Apesar de nunca ter sido surpreendida no exame antidoping,
Florence despertou a suspeita de
que usava substâncias proibidas.
"Esperamos agora que essa grande campeã olímpica, mulher e mãe
possa descansar em paz e seus fãs
de todo o mundo celebrem o seu
legado ao esporte e à sua filha todos os dias", afirmou Bill Hybl,
presidente do comitê olímpico
norte-americano. "É hora das acusações e suspeitas cessarem."
As suspeitas sobre a corredora
aumentaram quando ela anunciou
em fevereiro de 89, apenas cinco
meses após brilhar na Olimpíada
de Seul, a decisão de abandonar as
pistas e se dedicar às carreiras de
atriz e escritora.
Na mesma época, o Comitê
Olímpico Internacional anunciava
que iria fazer "incertas", exames
antidoping sem agendamento prévio de data.
Nos Jogos de Seul, os mesmos em
que o canadense Ben Jonhson foi
bandido por doping, Florence
conseguiu três ouros olímpicos e
bateu o recorde mundial dos 200 m
rasos duas vezes em uma hora e
meia. Na final estabeleceu 21s34.
O recorde dos 100 m rasos foi estabelecido durante a seletiva norte-americana para a Olimpíada,
com 10s49, em junho de 1988.
Além dos resultados, a corredora
também ficou famosa por seus trajes de competição, que ela mesmo
confeccionava.
Na seletiva norte-americana,
Florence Griffith Joyner correu
com um uniforme que cobria apenas uma das pernas.
A velocista também era conhecida pelas suas longas unhas -sempre pintadas.
Em 1996, Florence Griffith Joyner havia sofrido um ataque de
apoplexia (perda temporária de
função cerebral) durante um vôo
dentro dos Estados Unidos e foi internada. Na época, a família se recusou a dar mais informações.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|