São Paulo, sábado, 23 de novembro de 2002

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Oxigênio
A diretoria do Corinthians quitou ontem o prêmio pela conquista da Copa do Brasil. No total, foram depositados R$ 450 mil. Os jogadores farão o rateio. O lateral Rogério, que disputou todos os jogos do torneio do primeiro semestre, ganhará a maior fatia do bolo.

Fila
Um a um, os jogadores foram à sala do presidente Alberto Dualib para assinar o recibo.

Mão fechada
Na saída do hotel em Jarinu, antes de receber a notícia, Gil e Deivid tiveram que colocar a mão no bolso para pagar as despesas do quarto que dividiram na concentração. Desembolsaram R$ 6,80. "Do jeito que as coisas estão, não estamos podendo gastar muito", brincou Deivid, referindo-se ao ainda atrasado direito de imagem.

Tarda, mas não falha
O meia são-paulino Ricardinho também receberá seu cheque pelo título conquistado no time alvinegro.

Na Justiça
A Globo anunciou oficialmente ontem que vai entrar com ação para brecar o contrato firmado entre SBT e Federação Paulista sobre direitos de transmissão do Estadual de 2003.

Chapa
O economista Luiz Gonzaga Belluzzo convidou o presidente eleito do Botafogo, Bebeto de Freitas, para o lançamento de sua campanha à presidência do Palmeiras, na segunda-feira. Bebeto disse que vai.

Inferno verde
As declarações de Wanderley Luxemburgo de que o Palmeiras não contratou Romário porque Mustafá Contursi não quis caíram como uma bomba no Parque Antarctica. O telefone do presidente não parou de tocar ontem. Até ameaça de morte o cartola recebeu.

Pés milionários
A Adidas anunciou que fechou contrato de patrocínio com o zagueiro pentacampeão Lúcio, do Bayer Leverkusen.

Corrida...
O São Paulo, favorito ao título Brasileiro, não vai esperar o fim do Nacional para fechar novo contrato de fornecimento de material esportivo. Entre as empresas que enviaram proposta ao clube do Morumbi estão Nike, Topper, Adidas e Umbro. A Penalty, com a qual os são-paulinos têm acordo até dezembro, também quer renovar.

...contra o tempo
A justificativa é que outros grandes clubes, como Corinthians e Santos, também estão com o contrato de material esportivo no fim, e uma demora poderia deixar o São Paulo para trás. Segundo o diretor de marketing Edson Lapola, as propostas recebidas pelo São Paulo são semelhantes.

Febre
Kaká virou problema até para seguranças do Palmeiras. Algumas torcedoras entraram ontem no CT do clube alviverde e ficaram espremidas entre as árvores e o muro que separa os dois terrenos para ver o ídolo. De tanto gritar e tirar fotos, foram retiradas pelos palmeirenses.

Meia-volta volver
Bem ao estilo militarista de Emerson Leão, os seguranças do hotel em que o Santos se concentrou em Extrema (MG) estavam todos vestidos com calças e camisas camufladas e coturnos. Nada mal para um técnico que prometeu "nova munição" contra o São Paulo amanhã.

Isca para peixe
Os santistas não se deram conta, mas a 800 metros da concentração da equipe em Minas Gerais existe um campo de nudismo chamado Ramanat, que conta com um "pesqueiro dos pelados" e uma piscina de água aquecida com bar.

Atualizada
O jornalista Juca Kfouri lança na segunda-feira, em São Paulo, a edição atualizada de "Corinthians, Paixão e Glória", em que incluiu as conquistas pelo clube do Mundial de 2000, dos Paulistas de 97, 99 e 2001, dos Brasileiros de 98 e 99 e do Rio-SP e da Copa do Brasil de 2002.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do técnico do Fluminense, Renato Gaúcho, sobre a invencibilidade do São Caetano no Anacleto Campanella:
- Com todo o respeito, é como mulher virgem: uma hora vai ter que acontecer.

CONTRA-ATAQUE

Um bonde chamado Kubala

Não há rivalidade maior no esporte que Real Madrid e Barcelona, afinal, ela extrapola o mero confronto de clubes ou cidades.
A origem desse ódio está na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), quando a Catalunha republicana foi o último bastião a resistir às tropas franquistas.
Como vingança, Francisco Franco, desde seu palácio em Madri, fez de tudo para reprimir os catalães, sua língua e cultura.
No pós-guerra, o Real Madrid tornou-se o símbolo do poder centralizado, e o Barcelona aparecia como o time contestador.
O franquismo, porém, adorava colocar obstáculos no caminho do Barça. Foi assim na contratação do húngaro Kubala, que ficou meses sem estrear por entraves burocráticos.
Sua situação mudou em março de 1950, quando os catalães promoveram a primeira greve da ditadura, ao boicotar por quatro dias o serviço de bonde devido a um aumento de preços. A agitação foi tanta que, entre as medidas para acalmar o ânimo da população, Kubala ganhou o visto de ""refugiado político" e pôde vestir as cores azul e grená.


Próximo Texto: Guilherme corre atrás do que esqueceu em Minas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.