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FUTEBOL
Equipes que restam na disputa pelo título do Brasileiro têm características diferentes na hora de balançar as redes
Caminho do gol separa rivais na reta final
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O caminho do gol opõe os protagonistas de cada série das quartas-de-final do Brasileiro-2002.
Cada quadrifinalista tem uma
característica de balançar as redes
bem diferente do oponente na
disputa pela sobrevivência.
No duelo gaúcho, o Juventude
aposta na jogada aérea. Nenhum
dos oito times que restam na disputa marca tantos gols de cabeça
como o time de Caxias do Sul
-foram 11 na primeira fase. Já o
Grêmio fez apenas cinco gols dessa forma. O clube de Porto Alegre,
na verdade, tem Rodrigo Fabri
como grande esperança -marcou 46% dos gols do time, recorde
de concentração dos finalistas.
Entre Corinthians e Atlético-MG, a diferença na hora de marcar está na posição dos artilheiros.
O principal goleador dos mineiros é o lateral Mancini, que fez 13
gols, muitos em arremates de longa distância, o que torna sua equipe recordista de gols feitos em
chutes de fora da área (13).
Já os paulistas fizeram 18 gols
com seus principais atacantes
(Guilherme e Deivid). O time
também prioriza as finalizações
dentro da área, responsáveis por
78% da sua artilharia.
No duelo São Caetano x Fluminense, a diferença de estilo também é gritante. Os paulistas balançaram as redes 42 vezes com 14
jogadores diferentes. Os cariocas
precisaram de somente dez atletas
para assinalar 43 gols.
O São Caetano é recordista de
gols de bola parada (19) e tem média de 23,4 cruzamentos por jogo.
O Fluminense fez só sete gols em
cobranças de falta e pênalti. O time pouco arrisca os "chuveirinhos" -16,4 vezes por partida.
Por fim, São Paulo e Santos são
outros duelistas com características diferentes. No time do Morumbi, Luis Fabiano concentra
32% dos gols. Na agremiação da
Vila Belmiro, ninguém responde
por mais de 17% da artilharia.
O São Paulo é melhor com o pé.
Marcou 43 vezes assim contra 29
do Santos, que vai melhor com a
cabeça -nove contra cinco.
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