São Paulo, sábado, 23 de novembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Equipes que restam na disputa pelo título do Brasileiro têm características diferentes na hora de balançar as redes

Caminho do gol separa rivais na reta final

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O caminho do gol opõe os protagonistas de cada série das quartas-de-final do Brasileiro-2002.
Cada quadrifinalista tem uma característica de balançar as redes bem diferente do oponente na disputa pela sobrevivência.
No duelo gaúcho, o Juventude aposta na jogada aérea. Nenhum dos oito times que restam na disputa marca tantos gols de cabeça como o time de Caxias do Sul -foram 11 na primeira fase. Já o Grêmio fez apenas cinco gols dessa forma. O clube de Porto Alegre, na verdade, tem Rodrigo Fabri como grande esperança -marcou 46% dos gols do time, recorde de concentração dos finalistas.
Entre Corinthians e Atlético-MG, a diferença na hora de marcar está na posição dos artilheiros.
O principal goleador dos mineiros é o lateral Mancini, que fez 13 gols, muitos em arremates de longa distância, o que torna sua equipe recordista de gols feitos em chutes de fora da área (13).
Já os paulistas fizeram 18 gols com seus principais atacantes (Guilherme e Deivid). O time também prioriza as finalizações dentro da área, responsáveis por 78% da sua artilharia.
No duelo São Caetano x Fluminense, a diferença de estilo também é gritante. Os paulistas balançaram as redes 42 vezes com 14 jogadores diferentes. Os cariocas precisaram de somente dez atletas para assinalar 43 gols.
O São Caetano é recordista de gols de bola parada (19) e tem média de 23,4 cruzamentos por jogo. O Fluminense fez só sete gols em cobranças de falta e pênalti. O time pouco arrisca os "chuveirinhos" -16,4 vezes por partida.
Por fim, São Paulo e Santos são outros duelistas com características diferentes. No time do Morumbi, Luis Fabiano concentra 32% dos gols. Na agremiação da Vila Belmiro, ninguém responde por mais de 17% da artilharia.
O São Paulo é melhor com o pé. Marcou 43 vezes assim contra 29 do Santos, que vai melhor com a cabeça -nove contra cinco.


Texto Anterior: Futebol: Cláudio Pitbull vira dúvida no Juventude
Próximo Texto: Motor - José Henrique Mariante: Excesso de contingente
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.