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F-1
Fábrica assegura participação com equipe própria
Toyota arrisca com
investimento solo
das agências internacionais
A Toyota anunciou ontem que
assegurou à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) a
última das 12 vagas existentes para times que competem na F-1,
ocupando o lugar aberto pela desistente Honda, que lançaria sua
equipe própria em 2000.
A primeira participação solo da
Toyota na F-1, porém, deve acontecer só entre 2001 e 2002, por
causa do tempo necessário para
se organizar uma equipe, segundo informou a direção da fábrica.
A Toyota havia anunciado que
lançaria um time na F-1 durante o
Rali de San Remo, prova do Mundial da categoria, realizada em outubro passado. A empresa fabricará motores e chassis.
Por causa do novo projeto, a fábrica japonesa está deixando de
participar dos ralis, modalidade
na qual foi campeã de construtores nesta temporada.
No entanto, prosseguirá competindo na Indy, categoria na qual
tem alcançado resultados pífios.
Para a próxima temporada, entretanto, associou-se à bem-sucedida Ganassi, buscando alcançar
melhores resultados do que os registrados até o momento.
A empresa japonesa não revelou quais os valores de seus investimentos no projeto de F-1.
Um dos detalhes que já foi divulgado é a marca dos pneus com
os quais a Toyota deve competir:
a Michelin. A associação entre as
duas empresas é antiga.
""Tudo está transcorrendo como
o previsto. Estaremos prontos para competir", disse Ove Andersson, diretor-geral da Toyota Motorsport GmbH, a filial alemã encarregada do projeto.
A idéia de a Toyota montar uma
equipe própria nasceu após o
anúncio da Honda, que, com seus
motores, havia obtido sucesso na
categoria. Posteriormente, os diretores da Honda, desanimados
com os altos custos necessários
para a manutenção de uma equipe, desistiram do projeto.
A Toyota, rival da Honda, aproveitou a chance e fez seu anúncio.
A Honda será apenas fornecedora de motores, para os carros
da inglesa BAR (British American
Racing), do brasileiro Ricardo
Zonta, na próxima temporada.
Depois da desistência da Honda, a F-1 lançou, em outubro passado, um seguro para evitar a entrada de equipes aventureiras nos
próximos Mundiais.
Agora, a fábrica que se propuser
a entrar na categoria do automobilismo precisará depositar, antecipadamente, na conta da FIA
US$ 48 milhões (aproximadamente R$ 91 milhões).
Após a desistência da Honda,
foi cogitado até que o próprio presidente da associação dos construtores, Bernie Ecclestone, compraria a estrutura construída pela
fábrica japonesa na Inglaterra.
No ano passado, as equipes entraram em acordo para transformar a categoria em um ""sistema
de franquias": limitaram em 12 o
número de equipes, impedindo a
inclusão de ""aventureiros".
A partir de então, quem quisesse entrar na F-1 teria de se associar
a uma das equipes existentes.
O objetivo da instituição desse
""clube fechado" é aumentar os
valores investidos na categoria.
Com isso, a categoria ficaria
muito mais atrativa ao público,
objetivo de Ecclestone nas vendas
da TV digital, que será o lastro da
F-1 no lançamento de suas ações
na Bolsa de Valores de Londres.
A FIA enfrentou muitos problemas por causa da Lola, última
""aventureira", que abandonou a
categoria em sua segunda prova,
o GP Brasil de 97, deixando para
trás dívidas e polêmicas.
Outros times na história recente
que também causaram dores de
cabeça aos dirigentes da FIA foram Andrea Moda, Eurobrun,
AGS, Pacific e Larrousse.
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