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Patrocínio não oficial está vetado, diz Nuzman
COB reprova material esportivo das confederações em Pan e Olimpíada
Dirigente fica irritado com reunião de presidentes de entidades filiadas ao comitê que foi realizada anteontem sem o seu conhecimento
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do Comitê
Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, comunicou ontem aos presidentes de confederações esportivas que não será aceita a exposição em Pan ou
Olimpíada de marca de material esportivo que não seja a do
patrocinador oficial do comitê.
Nuzman, também mandatário do comitê organizador da
Olimpíada do Rio-2016, mostrou contrariedade com a iniciativa das entidades esportivas
de buscar financiamento sem a
orientação do COB.
"Eles estão completamente
livres para fazerem o que bem
entenderem. Seja ir ao ministério, seja nas empresas. Só que
não dá para irem dois ao mesmo lugar", declarou ele.
O COB reuniu ontem, em sua
sede, representantes das confederações de esportes olímpicos. Um dia antes, alguns deles
se encontraram separadamente para discutir formas de obter
mais verbas para a preparação
para os Jogos de 2016, como revelou anteontem a Folha.
Uma das sugestões foi mais
liberdade para discutir patrocínio e financiamento com ministérios e empresas. Antiga
reivindicação, dirigentes pretendiam também expor durante Pan-Americanos e Olimpíadas as marcas de seus fornecedores de material esportivo a
fim de aumentar a receita.
De acordo com participantes
da reunião na sede do COB,
Nuzman mostrou contrariedade com as duas propostas.
Questionado pela reportagem
sobre ambas, ele vetou explicitamente a segunda.
"Já comuniquei: o patrocinador de uniformes é o do Comitê
Olímpico Brasileiro para todos.
Há uma diferença: o atleta usa
o tênis que é dele. Ele tem o direito de usar aquilo que é pessoal. Mas isso é no mundo inteiro, não só no Brasil."
A disputa entre fornecedores
de material esportivo é constante no futebol. Na Olimpíada
de 2008, em Pequim, o time feminino disputou o campeonato
sem escudo. Atletas masculinos por vezes usavam material
da Nike (oficial do futebol) ou
da Olympikus (do COB).
A reportagem não conseguiu
localizar o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, para
comentar a declaração do principal dirigente do COB.
De acordo com Nuzman, os
dois contratos de patrocínio
(Olympikus e Caixa Econômica Federal) do COB se encerram em 2010. Ele diz que a definição dos novos apoiadores "é
uma longa caminhada".
O COB adiou para o ano que
vem a redefinição das metas de
cada modalidade para as próximas competições. As confederações enviaram propostas para a formação de atletas para
melhorar a performance do
país em Mundiais.
"Vamos ter um reunião com
o ministro [Orlando Silva Jr.,
do Esporte] em janeiro e poderemos entregar [as novas metas]", disse Nuzman.
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