São Paulo, domingo, 24 de abril de 2011

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Final opõe estrelas e "operários"

VÔLEI
Com atletas da seleção, Sesi encara o não tão badalado Cruzeiro


MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE

"Nosso time é de operários. No início do campeonato, ninguém esperava que chegaríamos à final", diz o líbero Serginho, um dos "operários" do Cruzeiro.
Seu time enfrentará hoje, a partir das 10h, em Belo Horizonte, o badalado Sesi.
"O Sesi é muito bom. É como enfrentar a seleção brasileira. Eles têm o melhor líbero do mundo e o jogador mais completo da atualidade", elogia Marcelo Mendez, técnico do Cruzeiro, referindo-se a Escadinha e Murilo. Criado há duas temporadas, o Sesi, chega à primeira decisão da Superliga contando com um elenco estrelado.
Entre os sete titulares, figuram quatro atletas que fazem parte da história recente da seleção brasileira.
Murilo é o maior astro da equipe. O ponta foi eleito o melhor jogador do último Mundial, em 2010. Logo depois, recebeu o prêmio de melhor atleta do país, superando o nadador Cesar Cielo.
O outro ponteiro titular também se destacou na última temporada. Além de ter conquistado o título da Superliga com o Florianópolis, Thiago Alves levou o prêmio de melhor atacante do torneio. E ainda vestiu a camisa da seleção na Liga Mundial.
No meio de rede, o campeão mundial pela seleção, Sidão, comanda o bloqueio.
Como se não bastasse, a equipe ainda conta com as defesas de Escadinha, único líbero da história a ganhar o prêmio de melhor jogador em uma Liga Mundial.
As estrelas fizeram jus ao alto investimento do clube.
Juntas, formaram um grupo que terminou a primeira fase na liderança. Em 28 jogos disputados, só três derrotas.
"A gente está colhendo o que plantou. Mas, se não trabalhar, não suar a camisa na final, não adianta ter jogador de seleção", declara Sidão.
Do outro lado da rede, os "operários" do Cruzeiro buscarão superar pela terceira vez seguida um time mais badalado. Nas quartas, a vítima foi o Pinheiros, de Giba e Gustavo. Na semifinal, foi a vez do Vôlei Futuro, de Ricardinho e Leandro Vissotto.
"Eliminamos times mais credenciados que o nosso ao título", diz o líbero Serginho.
Segundo ele, a meta inicial do time era chegar à semifinal. Mas, agora, com esse objetivo superado, erguer a taça ante sua torcida no Mineirinho é o novo sonho. Para isso, aposta na força coletiva.
"Nosso time não tem estrela. O nosso diferencial nesta Superliga é o conjunto, conta o levantador William.
Acostumado a decisões, Escadinha desdenha do favoritismo atribuído ao Sesi.
"Time de operários? Isso é conversa. Eles têm grandes jogadores. Isso é pra jogar a responsabilidade pra gente", brinca o líbero do Sesi.

NA TV
Cruzeiro x Sesi
10h Globo, Sportv e Esporte Interativo




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