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FUTEBOL
Integrantes do Clube dos 13 anunciam apoio à manobra para alçar cariocas, atualmente na terceira divisão
Lançado plano para resgatar Flu
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Reportagem Local
Já está pronto um plano para alçar o Fluminense de volta à primeira divisão do Brasileiro.
Rebaixado três vezes em três
anos, o clube conta com apoio do
Clube dos 13, que reúne os 16 principais times do Brasil, para uma
nova virada de mesa.
A entidade irá defender a fusão
das Séries B e C, o que poderia fazer o Fluminense saltar da terceira
divisão em 1999 para a primeira no
ano 2000.
A idéia, apresentada por Francisco Horta, que comanda o departamento de futebol do Fluminense,
teve oposição, numa primeira reunião, apenas de Eurico Miranda,
vice-presidente do Vasco, que estava de relações estremecidas com
o rival por causa de um W.O. dado
no Torneio Rio-São Paulo.
Mas, numa segunda reunião, Miranda não se opôs ao plano para
ajudar o time de Horta.
Pela proposta do dirigente do
Fluminense, os quatro primeiros
colocados da Série B se juntariam
aos dois primeiros da Série C e,
após a disputa de um hexagonal, os
dois mais bem colocados subiriam
para a primeira divisão em 2000.
A segunda proposta, também
feita para auxiliar a equipe carioca,
partiu do São Paulo, um dos clubes
que mais têm defendido os interesses do Fluminense, e prevê, como a
primeira, a mescla das Séries B e C
do Brasileiro em 1999.
A diferença é que, em vez de seis
equipes, haveria um encontro entre 16 times, os dez mais bem classificados da segunda divisão e os
seis melhores da terceira.
As 16 equipes iniciariam as oitavas-de-final, disputadas pelo sistema mata-mata. As duas finalistas
subiriam para a Série A.
Sem a fusão das Séries B e C, o
Fluminense não teria condições de
disputar a primeira divisão do Brasileiro no ano que vem. Poderia, no
máximo, voltar à Série B em 2000 e,
se ficasse entre os dois mais bem
colocados no ano que vem, retornaria à divisão principal em 2001.
A virada de mesa não é a primeira a ser orquestrada para ajudar a
equipe do Rio.
Em 1996, o time carioca, 23º colocado no Brasileiro, foi, de acordo
com o regulamento, rebaixado para a segunda divisão. Mas Ricardo
Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, anulou o
rebaixamento, beneficiando Fluminense e Bragantino. Ele usou
como justificativa irregularidades
cometidas por Ivens Mendes no
comando da comissão de arbitragem da entidade.
Mesmo assim, em 1997, o Fluminense voltou a fazer péssima campanha na Série A, ficando em 25º
lugar e caindo para a Série B.
A equipe carioca chegou a pedir
ao Clube dos 13 que fundasse uma
liga independente da CBF, a fim de
evitar seu rebaixamento, mas não
foi atendida.
No ano passado, para piorar, a
má campanha foi na Série B e o rebaixamento, para a C.
Fábio Koff, presidente do Clube
dos 13, que em 98 havia dito que renunciaria ao cargo se houvesse virada de mesa, foi procurado pela
Folha, mas não houve retorno até
o fechamento desta edição.
Mas José Augusto Bastos Neto,
presidente do São Paulo, e Alberto
Dualib, presidente do Corinthians,
dizem que não há motivos para a
renúncia de Koff.
"O Fluminense só voltará à primeira divisão se se sair bem em
campo", disse Bastos Neto. "Não
se trata de golpe, nada disso..."
"Não há virada de mesa. Qualquer time da Série C para subir vai
ter que passar pelos melhores da
Série B", defendeu Dualib.
A Confederação Brasileira de Futebol, por meio de sua assessoria
de imprensa, disse que a decisão a
respeito da nova fórmula de disputa cabe aos clubes e que acatará o
que for definido em reunião entre
os participantes da Série B, ainda
sem data definida.
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