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longo prazo
Para Brasil, 2º pode ser melhor que 1º
Deslocamento e adversário mais forte nas quartas-de-final da Copa América fazem do topo da chave um mau negócio
Para a CBF, do ponto de vista da logística na Venezuela, ser vice no Grupo B é melhor para a seleção de Dunga nas próximas fases do torneio
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PUERTO LA CRUZ
Ninguém na seleção brasileira fala abertamente que é melhor ficar em segundo lugar do
que em primeiro no Grupo B da
Copa América, mas, que a vice-liderança daria vantagens para
a equipe nacional no torneio na
Venezuela, isso é evidente.
Caso feche sua chave na ponta, o Brasil terá que viajar a Maturín. Se passar pelo grupo que
tem México, Chile e Equador
em segundo lugar, a seleção
permanecerá em Puerto La
Cruz, cidade em que fincou base na competição. Com isso,
evitaria deslocamentos.
Um dos jogos das quartas-de-final mudou de lugar. O jogo do
segundo do Grupo B, que aconteceria originalmente em Barinas, foi para Puerto La Cruz devido às condições pouco favoráveis para um duelo decisivo.
""Vimos como estavam as
condições e realmente não havia como uma seleção grande
fazer um jogo importante lá
[em Barinas]", disse Américo
Faria, supervisor da seleção,
que cuida da logística do time.
""Se você falar em logística, de
fato é melhor ficar em segundo
lugar na chave. Mas tecnicamente não dá para saber se é
melhor ou não", falou Faria.
Como primeiro do Grupo B,
o Brasil enfrentaria nas quartas-de-final o segundo colocado daquela que é apontada por
muitos como a chave mais difícil -o Grupo C tem Argentina,
Colômbia, EUA e Paraguai. Se
acabar na vice-liderança, o Brasil pegará um terceiro -poderá
ser até um rival da própria chave, pelo regulamento.
Outro problema em ser primeiro colocado na fase de grupos da Copa América é enfrentar as condições apenas razoáveis de Maturín. "Puerto Ordaz
[onde o Brasil estréia na quarta] tem condições bem melhores que Maturín. Tanto que não
vamos para Maturín dois dias
antes do jogo", afirmou Faria.
O Brasil faz sua primeira viagem dentro da Venezuela amanhã. A estratégia de viajar dois
dias antes dos jogos para o local
da partida será adotada para
Puerto Ordaz. O segundo jogo
será em Maturín, contra o Chile, no próximo domingo. A
equipe encerra a participação
no Grupo B diante do Equador
em Puerto La Cruz, no estádio
ao lado de onde tem treinado.
O Brasil pode até se classificar como terceiro de sua chave
-os dois melhores terceiros de
cada grupo vão ao mata-mata.
"O grupo do Brasil é o mais
difícil. Temos perdido muitos
jogos para o México, e o Equador tem o melhor time de sua
história", falou Rodrigo Paiva,
assessor de imprensa da CBF.
Quem ficar na vice-liderança
no Grupo B jogará as quartas-de-final no dia 7 de julho e, talvez, as semifinais no dia 10. O
primeiro colocado da chave,
por sua vez, atuará nas quartas
no dia 8 e, talvez, nas semifinais
no dia 11. Ou seja, o segundo colocado do grupo do Brasil teria
um dia de descanso a mais do
que o seu adversário em uma
hipotética decisão do torneio
no dia 15, em Maracaibo.
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