São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 2009
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lobby Morumbi ganha aval do presidente
Criticado, estádio recebe visita privilegiada de Lula, que demonstra apoio do governo federal ao seu projeto para 2014
MARIANA BASTOS DA REPORTAGEM LOCAL Em pouco mais de uma hora de passeio no Morumbi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um recado claro, mesmo sem ter se pronunciado à imprensa. Demonstrou que o governo federal endossa o estádio são-paulino como aquele que sediará os jogos da Copa do Mundo de 2014 em São Paulo. Acompanhado por uma comitiva de cerca de 30 pessoas, Lula conheceu algumas dependências do estádio. Depois, reuniu-se com dirigentes, o prefeito, o governador e dois ministros a portas fechadas. Segundo fonte ligada à Presidência, o convite ao presidente partiu do próprio São Paulo, que, no último mês, sentiu-se acuado diante do bombardeio de críticas ao projeto de reforma de seu estádio. Ainda não há previsão de que Lula faça visita semelhante a outras arenas do Mundial. "A visita foi um ato de confiança do presidente depositada na capacidade de o São Paulo atender às exigências da Fifa e poder vir a sediar os jogos da Copa", enfatizou Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo. Além do simbolismo de sua visita, o presidente ainda conseguiu atrair para uma mesma mesa personagens cujos interesses não se alinham com a escolha do Morumbi como o estádio oficial de São Paulo. Marco Polo Del Nero, presidente da federação paulista, foi um dos que estiveram presentes na reunião comandada por Lula. Desafeto do mandatário são-paulino Juvenal Juvêncio, Del Nero chegou a fazer, em 2007, campanha nos bastidores para que São Paulo tivesse uma outra arena para a Copa. Atualmente, adota um discurso pacificador e apoia o Morumbi. Andres Sanchez, presidente do Corinthians, também compareceu à reunião. Seu clube poderia se beneficiar da construção de outro estádio para a Copa. Andres, que já alfinetou nos bastidores o Morumbi, deixou claro que, se o Corinthians construir uma arena, não será para o Mundial no Brasil. "A Fifa exige para a abertura um estádio com capacidade para mais de 60 mil pessoas. É inviável manter um estádio assim depois da Copa. Então, se o Corinthians fizer um estádio, será menor. Não será para a Copa", explicou o dirigente, que aproveitou para defender a cidade como sede da abertura do Mundial. Belo Horizonte e Brasília também querem isso. "Não tem cabimento a abertura da Copa não ser em São Paulo, porque é aqui onde está a nata do futebol brasileiro, onde há infraestrutura e os grandes investidores", falou ele. Segundo o arquiteto Ruy Ohtake, autor do projeto de reforma do Morumbi, Lula demonstrou que apoia São Paulo na disputa pela abertura da Copa. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Morumbi vira ameaça ao futebol do São Paulo Índice |
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