São Paulo, domingo, 24 de julho de 2005

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Mulheres têm maioria pela 1ª vez desde 1988

Satiro Sodré/CBDA
Flávia Delaroli, Mariana Brochado, Paula Baracho, Monique Ferreira, Joanna Maranhão e Fabíola Molina (esq. para a dir.), do Brasil


DA REPORTAGEM LOCAL

As mulheres do Brasil nem precisam cair na piscina de Montréal para deixarem a competição com uma façanha no currículo. Pela primeira vez desde 1988, segundo os registros da confederação brasileira, elas são maioria na delegação. No total, sete nadadoras vão representar o país no Canadá -os homens são quatro.
O desafio, segundo as próprias atletas, é traduzir essa superioridade numérica em qualidade nos resultados.
"Conquistamos um espaço importante, mas os últimos grandes resultados da natação são dos meninos. Este Mundial marca o início de um novo ciclo olímpico, e precisamos provar que não ganhamos esse status por acaso", diz Flávia Delaroli, que vai competir nos 50 m livre e nos 50 m costas.
Sua tese encontra respaldo na história. A natação feminina nunca subiu ao pódio em Olimpíadas, mas deixou Atenas-2004 esperançosa. Delaroli, oitava nos 50 m livre, e Joanna Maranhão, quinta nos 400 m medley, chegaram a finais, posição que as mulheres não atingiam desde Londres-1948.
Apesar desses resultados, Maranhão e Dellaroli preferem não falar como candidatas a medalha. A primeira diz que ainda está se adaptando aos novos treinos -mudou-se para os EUA no início de 2005. Já Delaroli crê que novas caras podem surpreender no evento.
"Existem muitas meninas que só apareceram neste ano e já fizeram tempos excelentes. Vou competir em provas rápidas, onde qualquer erro pode virar a lista de favoritos de cabeça para baixo", disse.
Sua companheira de seleção Rebeca Gusmão, lesionada, pode nem competir. (GR)


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