São Paulo, domingo, 24 de julho de 2011

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Qatariano é banido por corrupção

FIFA
Acusado de comprar votos, ex-rival de Blatter deve apelar à CAS


DE SÃO PAULO

A crise que abalou a Fifa no final de maio teve ontem seu desfecho -pelo menos dentro da entidade.
Acusado de comprar votos antes da eleição para a presidência da federação, o qatariano Mohamed bin Hammam foi banido pelo resto de sua vida de atividades relacionadas ao futebol.
A decisão foi anunciada pela Fifa ontem, mas o qatariano pretende apelar à CAS (Corte Arbitral do Esporte).
Bin Hammam foi presidente da confederação asiática e um dos principais responsáveis por levar a Copa de 2022 para seu país.
Na última eleição para presidência da Fifa, tentou concorrer com Joseph Blatter ao cargo máximo da entidade, mas optou por retirar a candidatura após surgirem as suspeitas de compra de voto.
O qatariano teria oferecido, por meio do ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner, US$ 40 mil (cerca de R$ 62 mil) a cada federação caribenha em troca de apoio.
Em junho, Warner renunciou ao seu cargo e foi absolvido pelo Comitê de Ética.
Bin Hammam, que não compareceu à audiência na Fifa na sexta, já havia antecipado em seu blog que seria punido. Disse ainda que estava sendo julgado de maneira "tendenciosa e injusta".
"Estejam seguros que a justiça vai ganhar, se não é pelo Comitê de Ética, será ante a CAS, ou, se for necessário, ante outro tribunal em que a igualdade seja respeitada", escreveu ele na sexta.
"Não tenho dúvida que uma campanha se organizou para assegurar que pareço culpado e eliminar-me do futebol mundial aos olhos da opinião pública, antes mesmo do meu julgamento", disse Bin Hammam em seu texto, desta vez na quinta.
Além dele, dois dirigentes do Caribe, Debbie Minguell e Jason Sylvester, foram suspensos por um ano.
Apesar do banimento de Bin Hammam, a sede da Copa-2022 se mantém intocada.
A Fifa já refutou diversas vezes a hipótese de investigar o processo de escolha do Qatar, até mesmo quando um e-mail enviado pelo secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke a Warner dava a entender que os qatarianos haviam comprado o Mundial.

Com as agências de notícias


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