da Reportagem Local

Os dois times mais bem-sucedidos neste ano, Palmeiras e Juventude, abrem hoje às 18h, no Parque Antarctica, o Brasileiro-99 e a temporada do segundo semestre.
Mas essa primazia dos campeões da Libertadores, o time paulista, e da Copa do Brasil, o gaúcho, não foi planejada para ser uma peça de marketing.
É apenas uma coincidência, afinal, o confronto estava marcado para o domingo, com outros nove, e só foi adiantado por pedido dos palmeirenses, que pegam na terça-feira o River Plate, da Argentina, pela Copa Mercosul.
""Queremos os três pontos, e não uma estréia espetacular. Só vamos estar jogando bem daqui a um mês. No sábado, estaremos só com 40% do nosso potencial", sentencia o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari.
Os atrativos também estarão diminuídos pela ausências no campeão sul-americano.
Além do goleiro Marcos e do meia Alex, que estão na seleção, não foram relacionados para a partida o lateral-direito Arce, o zagueiro Júnior Baiano, os volantes César Sampaio e Galeano e o atacante colombiano Asprilla, por estarem fora de forma.
Paulo Nunes, proibido de usar máscaras nas comemorações e resignado com sua situação contratual, deve estar apenas no banco. Sente dores no joelho e está suspenso -ele não pagou a multa pela briga com o corintiano Edílson na decisão do Paulista.
Com tudo isso, as caras palmeirenses hoje serão o goleiro Sérgio, tentando cavar uma titularidade, e o lateral-direito Zé Maria, que estréia na equipe.
""Cansei de ser apenas uma boa opção", disse Zé Maria, que disputa a vaga com o paraguaio Arce. Revelado na Lusa, ele passou nos últimos dois anos por Parma, Flamengo, Perugia e Vasco e quer abandonar o que ele mesmo chama de ""vida nômade".
Por seu lado, Sérgio se inspira no próprio Marcos, que conseguiu a vaga no primeiro semestre, quando Velloso se contundiu.
""Quero aproveitar essa sequência de jogos para me firmar, mas, se tiver de voltar para a reserva, não haverá problema", afirmou.
Apesar dos créditos do primeiro semestre, o técnico Scolari não vê seu time como o favorito para o Brasileiro nem para hoje.
""São 22 favoritos. Se estão no campeonato, é porque têm condições", afirmou. ""O Juventude é um time muito competitivo. Por jogar em casa, nós temos a obrigação de atacar e ganhar, mas não será fácil", completou.
O Brasileiro-99 contará com 22 times, que se enfrentam em turno único na primeira fase. Os oito melhores passam para às quartas-de-final, quando se enfrentam em séries de até três jogos. O sistema se repete nas semifinais e finais.
Além de reunir as duas equipes que são co-administradas pela multinacional italiana Parmalat, a partida de hoje terá dois técnicos que se consideram ""irmãos".
Scolari jogou com seu rival de hoje, Walmir Luoruz, na equipe do Caxias. O treinador palmeirense foi treinado por ele no mesmo Juventude e no CSA.
Os dois ainda trabalharam no comando das seleções do Kuait, na década de 80 -Louruz com a equipe olímpica (disputou Barcelona-1992), e Scolari, com o selecionado principal do país. ""Considero Louruz meu irmão. Ele conhece meu estilo, e eu sei bem o dele. Por isso, a diferença serão os jogadores em campo", disse. (RB)

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