São Paulo, terça-feira, 24 de agosto de 2004

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Antigo, esporte só agora faz sua estréia para as mulheres

DO ENVIADO A ATENAS

Um dos esportes mais antigos da Olimpíada é um dos mais novos. Não se trata de jogo de palavras, mas da inclusão da disputa feminina da luta livre em Atenas-2004.
A prática do combate tinha espaço cativo nos Jogos da Antigüidade. Na era moderna, a luta greco-romana emplacou já em Atenas-1896. A luta livre, só em Saint Louis-1904.
Agora, em Atenas, foi permitida também para mulheres, que participaram de quatro categorias (48 kg, 55 kg, 63 kg e 72 kg). A luta livre conta com Campeonatos Mundiais femininos desde 1987.
"Não importa se é um homem ou uma mulher, o que importa é ser um bom lutador, um bom atleta. É exatamente assim que as coisas começam a mudar. Não acredito que apenas um evento irá modificar o mundo, mas somos pioneiras e podemos abrir caminho para consolidar o esporte", disse a americana Patricia Miranda.
O domínio da competição olímpica ficou com o Japão, com dois ouros, uma prata e um bronze entre as mulheres.
A imagem do dia, porém, ficou para a ucraniana Irini Merleni (48 kg). Em final muito disputada, ela e a japonesa Chiharu Icho empataram em pontos (2 a 2). Houve, então, um tempo extra, mas ambas continuaram com o mesmo placar. A decisão ficou a cargo dos juízes, que optaram pela vitória de Merleni. Surpresa, ela pulou no colo do árbitro principal, caiu no chão e chorou. Depois, na entrevista coletiva, a japonesa Icho lamentou: "Perdi pela minha falta de coragem". (MD)


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