|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Com cabeça nas quartas, Brasil perde invencibilidade de 1 ano
ADALBERTO LEISTER FILHO
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS
Com a cabeça já nas quartas-de-final, a seleção masculina de vôlei
sofreu ontem a sua primeira derrota no torneio olímpico. A equipe do técnico Bernardinho entrou
em quadra invicta e já classificada. Saiu com seu primeiro revés,
ao perder para os EUA por 3 sets a
1 (22/25, 23/25, 25/18 e 18/ 25).
"Peço desculpas à torcida, mas
esse jogo não valia nada para a
nossa equipe. Entramos desconcentrados, mas nem posso criticar
os jogadores por causa disso. Eu
também estava com a cabeça na
Polônia", disse o treinador.
Pouco antes do início do confronto, o adversário da seleção
nos mata-matas havia sido definido, após os poloneses vencerem
os argentinos por 3 sets a 2.
O duelo com os poloneses será
disputado amanhã. Os outros jogos dessa fase serão: Sérvia e
Montenegro x Rússia, Grécia x
EUA e Argentina x Itália.
"Quando fiquei sabendo que jogaríamos com a Polônia, fiquei
preocupado. Eles são uma das
poucas seleções que têm um retrospecto melhor contra a nossa
equipe nos últimos quatro anos
[três vitórias e duas derrotas]",
analisou Bernardinho, que apontou dois atletas como foco de
preocupação: Murek e Swiderski.
"Temos que ficar atentos. Eles
vão jogar sem responsabilidade."
O treinador pouco comentou
sobre os EUA, adversário que havia acabado de impor a segunda
derrota do Brasil na temporada, a
primeira em uma competição oficial. A equipe brasileira ganhou,
no mês passado, seu quarto título
da Liga Mundial, invicta.
Sem se preocupar com o adversário de ontem, a seleção não
mostrou a eficiência de seu último
jogo, contra a Rússia, no sábado,
quando foi praticamente perfeita
e marcou 3 sets a 0.
"Tinha que dar mais tempo para alguns jogadores sentirem a
quadra. Também era necessário
poupar outros, para poderem estar bem na fase decisiva", disse
Bernardinho, que pouco usou
Gustavo e Ricardinho. Giba e Nalbert nem entraram em quadra.
Nos dois primeiros sets os EUA
se aproveitaram dos seguidos erros brasileiros para abrirem uma
diferença e administrá-la.
A reação nacional veio no terceiro set, quando Bernardinho
promoveu a entrada dos veteranos Maurício, 36, e Giovane, 33.
Graças às variações de ataque do
primeiro e aos bloqueios do segundo, a seleção triunfou.
Mas a reação parou por aí. No
último set, a seleção voltou a falhar, cedendo vários pontos por
erros no ataque e no saque.
"Não entramos mentalizados
nesta partida. Nosso pensamento
já estava na Polônia", reconheceu
o meio-de-rede Rodrigão.
"Perdemos no momento certo.
É agora que começa o campeonato", completou Maurício.
Texto Anterior: Homens se dizem maduros Próximo Texto: Vôlei: No mata-mata inicial, seleção tenta pôr fim à insônia de técnico Índice
|