São Paulo, terça-feira, 24 de agosto de 2004

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VÔLEI

Invicto, Brasil encara EUA, em jogo que tira sono de Zé Roberto há três semanas

No mata-mata inicial, seleção tenta pôr fim à insônia de técnico

DO ENVIADO A ATENAS

Invicta. Apenas dois sets perdidos em cinco partidas. Melhor ataque, melhor defesa, melhor recepção da competição.
Com essa ótima bagagem, a seleção feminina de vôlei encara hoje os EUA, líderes do ranking mundial, no mata-mata de quartas-de-final dos Jogos de Atenas.
Mata-mata este que é, especialmente, o pior pesadelo do treinador José Roberto Guimarães.
Isso caso ele tenha conseguido dormir, pois tem dito que o "cruzamento", como se refere a este primeiro jogo eliminatório, tem lhe tirado o sono há três semanas, desde que o Brasil conquistou o Grand Prix e passou a centrar esforços na Olimpíada.
"Se não jogarmos a 100%, corremos o risco de perder. Se uma atleta jogar abaixo do normal, a gente pode perder", preocupa-se Zé Roberto, para quem a eliminatória de hoje é o divisor entre uma campanha bem-sucedida ou fracassada na Olimpíada -com a seleção masculina, o treinador foi ouro em Barcelona-92 e quinto colocado em Atlanta-96.
"Teoricamente, os EUA são o mais fraco dos que passaram no outro grupo, pois foram mal na classificação, perderam da República Dominicana. Mas sabemos que isso não é uma verdade. Conhecemos a força desse time."
Ele lembrou que várias americanas tiveram experiência em campeonatos de alto nível na Itália e no Brasil. Danielle Scott, Tara Cross-Battle, Logan Tom e Keba Phipps já atuaram na Superliga.
Phipps, por sinal, é incluída por Zé Roberto num rol de jogadoras "diferenciadas", ao lado da chinesa Ruirui Zhao (que fraturou a perna no primeiro jogo em Atenas), da russa Evgenya Artamonova e da cubana Yumilka Ruiz.
Mais diferenciadas que Phipps estão Logan Tom e Tayyiba Haneef, à frente da colega na tabela das que mais pontuaram.
Contra um adversário "alto e forte", nas palavras de Zé Roberto, o Brasil aposta em sua eficácia na recepção (71%), que tem feito a bola chegar "redonda" às mãos de Fernanda Venturini. Como conseqüência, a levantadora tem deixado as atacantes em ótima condição de definir com êxito as jogadas. "Nosso passe tem que continuar preciso. Nosso time tem estatura mediana [1,83 m], então precisa jogar com o passe na mão para imprimir velocidade."
Outro alento do time é a defesa (nove "salvadas" por set), que tem proporcionado várias oportunidades de contra-ataque.
O último encontro entre a seleção de Zé Roberto, vice-líder do ranking mundial, e a de Toshiaki Yoshida, nas semifinais do Grand Prix, teve duas horas de duração, com as brasileiras ganhando no tie-break, por 19 a 17. Desde que o técnico assumiu a seleção, no ano passado, o confronto está Brasil 5 x 1 EUA. (LUÍS CURRO)


NA TV - Band, Bandsports 2, ESPN Brasil, Globo e Sportv +, ao vivo, às 15h30


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