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VÔLEI
Invicto, Brasil encara EUA, em jogo que tira sono de Zé Roberto há três semanas
No mata-mata inicial, seleção tenta pôr fim à insônia de técnico
DO ENVIADO A ATENAS
Invicta. Apenas dois sets perdidos em cinco partidas. Melhor
ataque, melhor defesa, melhor recepção da competição.
Com essa ótima bagagem, a seleção feminina de vôlei encara hoje os EUA, líderes do ranking
mundial, no mata-mata de quartas-de-final dos Jogos de Atenas.
Mata-mata este que é, especialmente, o pior pesadelo do treinador José Roberto Guimarães.
Isso caso ele tenha conseguido
dormir, pois tem dito que o "cruzamento", como se refere a este
primeiro jogo eliminatório, tem
lhe tirado o sono há três semanas,
desde que o Brasil conquistou o
Grand Prix e passou a centrar esforços na Olimpíada.
"Se não jogarmos a 100%, corremos o risco de perder. Se uma
atleta jogar abaixo do normal, a
gente pode perder", preocupa-se
Zé Roberto, para quem a eliminatória de hoje é o divisor entre uma
campanha bem-sucedida ou fracassada na Olimpíada -com a
seleção masculina, o treinador foi
ouro em Barcelona-92 e quinto
colocado em Atlanta-96.
"Teoricamente, os EUA são o
mais fraco dos que passaram no
outro grupo, pois foram mal na
classificação, perderam da República Dominicana. Mas sabemos
que isso não é uma verdade. Conhecemos a força desse time."
Ele lembrou que várias americanas tiveram experiência em campeonatos de alto nível na Itália e
no Brasil. Danielle Scott, Tara
Cross-Battle, Logan Tom e Keba
Phipps já atuaram na Superliga.
Phipps, por sinal, é incluída por
Zé Roberto num rol de jogadoras
"diferenciadas", ao lado da chinesa Ruirui Zhao (que fraturou a
perna no primeiro jogo em Atenas), da russa Evgenya Artamonova e da cubana Yumilka Ruiz.
Mais diferenciadas que Phipps
estão Logan Tom e Tayyiba Haneef, à frente da colega na tabela
das que mais pontuaram.
Contra um adversário "alto e
forte", nas palavras de Zé Roberto, o Brasil aposta em sua eficácia
na recepção (71%), que tem feito a
bola chegar "redonda" às mãos de
Fernanda Venturini. Como conseqüência, a levantadora tem deixado as atacantes em ótima condição de definir com êxito as jogadas. "Nosso passe tem que continuar preciso. Nosso time tem estatura mediana [1,83 m], então
precisa jogar com o passe na mão
para imprimir velocidade."
Outro alento do time é a defesa
(nove "salvadas" por set), que tem
proporcionado várias oportunidades de contra-ataque.
O último encontro entre a seleção de Zé Roberto, vice-líder do
ranking mundial, e a de Toshiaki
Yoshida, nas semifinais do Grand
Prix, teve duas horas de duração,
com as brasileiras ganhando no
tie-break, por 19 a 17. Desde que o
técnico assumiu a seleção, no ano
passado, o confronto está Brasil 5
x 1 EUA.
(LUÍS CURRO)
NA TV - Band, Bandsports 2,
ESPN Brasil, Globo e Sportv
+, ao vivo, às 15h30
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