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Comportamento da torcida é imprevisível
DA REPORTAGEM LOCAL
Os pilotos não serão os únicos a
se sentirem estranhos no ninho
durante a prova em Indianápolis.
Tudo é novidade também para o
público dos EUA, que não acompanha a F-1 de perto desde 91.
Além disso, os torcedores norte-americanos nunca demonstraram pela categoria o interesse dedicado às corridas da Nascar
(campeonato norte-americano de
stock cars) e da Indy.
Acostumados com largadas em
que os carros já estão em movimento e provas repletas de ultrapassagens nos circuitos ovais, os
torcedores têm tudo para estranhar a corrida de hoje.
Principalmente pela escassez de
pontos de ultrapassagens no novo
traçado. Só dois trechos devem favorecê-las.
A preocupação com a reação do
público foi abordada esta semana
pelo "US Today", que questionou
até o desconforto que a "barulheira" da F-1 provocará nos torcedores norte-americanos.
Apesar do temor em relação ao
comportamento do público, os
primeiros números mostram que
foi dado um voto de confiança ao
GP. Os ingressos mais caros foram vendidos com antecedência.
No primeiro dia de treinos, sexta-feira, cerca de 40 mil torcedores
foram ao autódromo.
Os organizadores esperam por
200 mil pessoas no autódromo,
número inferior ao das provas
mais populares no país.
Para o público, além da forma
de disputa da corrida, praticamente todos os pilotos são considerados estranhos.
O único com que os torcedores
do país têm afinidade é o canadense Jacques Villeneuve, que já
venceu em Indianápolis competindo pela Indy.
A corrida servirá para testar o
potencial da F-1, que tenta conquistar popularidade nos EUA.
Enquanto a reação dos torcedores é aguardada com ansiedade
pelos organizadores, os dirigentes
já se mostraram empolgados.
Após demonstrar ter ficado impressionado com o circuito de Indianápolis, o presidente da FIA,
Max Mosley, voltou a fazer ameaças ao autódromo de Silverstone,
na Inglaterra.
Ao fazer comparações entre o
circuito inglês e o traçado norte-americano, ele disse que a realização de novas edições do GP da Inglaterra terá de ser repensada.
O problema começou em maio,
quando aconteceu a corrida deste
ano em Silverstone. As chuvas dificultaram a chegada dos torcedores ao autódromo por causa das
condições das estradas que dão
acesso ao local da corrida.
Torcedores, que já tinham comprado ingressos, ficaram durante
seis horas em congestionamentos
e acabaram perdendo a prova.
"Nesse aspecto, Silverstone é,
provavelmente, o pior circuito do
mundo", afirmou o dirigente.
Ao mesmo tempo, ele rasgou
elogios à estrutura oferecida ao
público em Indianápolis.
Como o terreno é plano, a maioria dos lugares permite que os torcedores vejam quase a pista inteira. Foram gastos na construção
do traçado US$ 40 milhões.
(RP)
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