São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 2002

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Equipe passa a pão e banana

CLÁUDIO CORDEIRO
DA FOLHA ONLINE

Trânsito caótico, má alimentação e desorganização -além da eliminação- foram as marcas do Mundial chinês para o Brasil.
As atletas contaram que alguns treinos eram marcados no mesmo horário de outras equipes e o intérprete não falava português. Mas o pior foi a comida.
"Eles serviam cobra, minhocas, coisas que para eles é natural. Comíamos só batata frita, pão, banana e arroz", contou Janeth.
Para completar a alimentação, o técnico da seleção, Antonio Carlos Barbosa, ia ao supermercado comprar bolacha e iogurte.
"O acordo com a Fiba [Federação Internacional de Basquete" era que os hotéis teriam bufê internacional, mas não foi isso o que aconteceu", reclamou ele.
As atletas comemoraram a ida para para Suzhou, na segunda fase. "Demos graças a Deus por encontrarmos um McDonald's e um KFC. Esse tipo de alimentação não é o ideal para uma atleta, mas não tivemos saída", disse Helen.
A "glória" foi Nanjing, sede da fase final, onde o hotel tinha internet -as atletas já tinham lido tudo o que haviam levado, reclamavam não ter mais o que fazer no tempo livre e não tinham coragem de pagar US$ 25 pelo primeiro minuto de ligação ao Brasil.
Os únicos elogios foram aos ginásios modernos e às compras de produtos falsificados e baratos.
"Consegui comprar uma bolsa pela metade do preço da etiqueta", comemorou Adrianinha.



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