|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Clube reprisa atritos no elenco que ajudaram a rebaixá-lo em 2002
Palmeiras vive déjà vu de
sua pior crise na história
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Maus resultados dentro de campo, técnico obrigado a dar explicações a respeito de crise, jogador
que se queixa publicamente de
seus companheiros.
Essa é a atual situação pela qual
passa o Palmeiras neste seu momento mais delicado no Brasileiro-2004. Atual, mas não inédita.
Há dois anos, desde a trágica
campanha que culminou com o
rebaixamento para a segunda divisão do Nacional, o time do Parque Antarctica vive num vai-e-volta de momentos como esse.
Diferentemente de outros grandes, que costumam deixar a "lavagem de roupa suja" para ser feita internamente, os palmeirenses
têm externado com freqüência
seus problemas.
Desde o Brasileiro-02, que culminou com a queda para a segunda divisão, o grupo de jogadores,
sempre que pressionado, viveu
períodos turbulentos, independentemente de quem fizesse parte
do elenco ou quem fosse o técnico. A cada tropeço atletas mandavam recados amargos uns aos outros publicamente.
O goleiro Marcos chegou a parar de dar entrevistas, tamanha
foram as polêmicas em que se meteu por causa das broncas públicas a companheiros de clube.
Em 2003, pouco antes de começar sua saga na Série B, o Palmeiras foi obrigado a fazer uma "limpeza" no elenco então recém-montado, que não rendia o esperado e que tinha jogadores que
não se davam bem com Picerni. O
resultado acabou sendo bom:
apostou em jovens revelações e,
depois de um início cambaleante,
conquistou o título da segunda divisão e o acesso à Série A.
No Paulista deste ano, veio à tona um grupo que ganhou corpo
dentro do elenco palmeirense durante a vitoriosa disputa da Série
B: o dos "baladeiros". Diego Souza, Elson, Lúcio e Vágner Love
-hoje no CSKA (Rússia)- eram
os integrantes. As freqüentes saídas noturnas desses jogadores irritavam alguns jogadores mais
"caseiros" e que viam nas noitadas sinal de descompromisso
com o trabalho no clube.
Um deles, aliás, foi recentemente alvo de críticas de Sérgio, um
dos líderes do time. Elson foi repreendido publicamente pelo goleiro por ter dado declarações
que, na opinião dos palmeirenses,
irritaram os jogadores santistas
antes do clássico.
Agora, a principal origem de
atritos tem sido o afastamento de
Pedrinho. Desde a semana passada, o técnico Estevam Soares não
coloca o jogador para treinar junto com os 22 atletas que costumam realizar teinos supervisionados diretamente por ele.
Apesar da turbulência, Estevam
tem repetido que não há problemas de relacionamento no elenco.
Porém o atacante Kahê, novato
no elenco, é quem resume o atual
momento do clube paulista: "Calmo não pode estar. O Palmeiras
está há seis jogos sem vencer".
Texto Anterior: Ciclismo: Americano mantém ouro após contraprova Próximo Texto: O personagem: Pedrinho reaparece e nega insatisfação Índice
|