|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAN-AMERICANO
Caixa anuncia que assina em outubro contrato de financiamento, e Planejamento libera verba pendente
Governo abre cofre e diz que Vila agora sai
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo federal abriu o bolso
e disse ter colocado fim, ontem, às
incertezas sobre a construção da
Vila Pan-Americana dos Jogos de
2007, no Rio de Janeiro.
Durante reunião em Brasília, a
Caixa Econômica Federal informou que concluiu os estudos de
viabilidade do projeto e que as
pendências jurídicas e operacionais foram sanadas. Anunciou
para outubro a assinatura do contrato de financiamento das obras,
que custarão R$ 315,3 milhões,
dos quais R$ 189,4 milhões virão
do banco, via recursos do FAT
(Fundo de Amparo ao Trabalhador). A construtora Agenco e o
COB dividirão o restante do valor.
Outro anúncio deixou aliviado
o Comitê Olímpico Brasileiro, organizador do Pan-07: o Ministério do Planejamento vai liberar R$
25 milhões para cobrir os custos
operacionais do período em que a
Vila ficará à disposição do COB
(de janeiro a dezembro de 2007).
É que os apartamentos serão
vendidos a mutuários da Caixa,
porém até ontem não se sabia
quem arcaria com as despesas relativas ao ano dos Jogos, já que os
compradores ficarão sem dispor
dos imóveis no período.
Como nem Caixa nem COB se
dispunham, o Planalto resolveu
assinar a fatura. Esses R$ 25 milhões serão repassados pelo Ministério do Esporte para o COB
via convênio, e, segundo o comitê,
servirão para pagar a Caixa, agente financeiro do projeto.
Os dois anúncios foram feitos
numa reunião em Brasília entre
os ministros do Planejamento,
Guido Mantega, e do Esporte, Agnelo Queiroz, os presidentes da
Caixa, Jorge Mattoso, e do COB,
Carlos Arthur Nuzman, e o secretário-geral do comitê organizador
do Pan, Carlos Roberto Osório.
Até o início de setembro, a viabilidade do complexo que abrigará os atletas do Pan era uma incógnita. Conforme revelou a Folha, relatório do Tribunal de Contas da União apontou que o projeto era inviável, pois a situação
econômico-financeira da Agenco
não permitiria o financiamento
total da obra.
O plano teve de ser reduzido: o
número de apartamentos diminuiu de 2.000 para 1.480 -um
corte de cerca de 25%.
Em vez dos 25 edifícios do projeto original, serão erguidos 17. Os
apartamentos terão, segundo a
Caixa, de uma a quatro suítes.
Para receber o sinal verde da
Caixa, a Agenco teve de apresentar três planos de negócios e simulação de viabilidade econômica do investimento. Os dois primeiros foram rejeitados pelo departamento técnico do banco.
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Automobilismo: EUA e energético podem salvar as nanicas Índice
|