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AUTOMOBILISMO
Empresário austríaco quer apostar em piloto americano e acena com compra da Jaguar
EUA e energético podem salvar as nanicas
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A XANGAI
No final de semana em que a F-1
aposta no segundo maior mercado do planeta, o chinês, o orçamento de todas as suas escuderias
está bem próximo de ser salvo pelo primeiro, o americano.
A Red Bull, empresa de bebidas
energéticas, fez uma proposta formal à Ford para comprar a Jaguar.
A idéia do austríaco Dietrich Mateschitz, dono da marca, é colocar
um piloto dos EUA em um de
seus carros e, assim, impulsionar
as vendas naquele país.
"Recebemos várias ofertas, mas
não queremos vender a equipe
para alguém que faça cinco corridas e pare. Buscamos alguém que
dê continuidade ao nosso trabalho, alguém com algum histórico
no automobilismo", disse ontem
Tony Purnell, chefe da Jaguar.
Coincidência ou não, esse é o
caso da Red Bull. No ano que vem,
a empresa vai completar dez anos
de F-1. Desde 1995, a marca estampa os carros da Sauber. Simultaneamente, também apoiou a
Arrows e neste Mundial está na
própria Jaguar -Christian Klien
é patrocinado pela bebida energética desde os tempos de kart.
A negociação foi recebida com
alívio em Xangai, onde na próxima madrugada acontece a definição do grid para o estreante GP da
China. A sessão começa às 3h (de
Brasília). A prova, no domingo,
acontece no mesmo horário.
Uma eventual compra da Jaguar, incluindo no pacote a Cosworth, fabricante de motores da
Ford, salvaria também Minardi e
Jordan. Neste ano, as duas equipes usam seus propulsores e até
agora estão sem saída para 2005.
A ação desencadearia um efeito
dominó. Com dez equipes confirmadas para o ano que vem, desapareceria a obrigação de as restantes correrem com três carros.
O contrato da FOM, holding
que comanda o lado comercial da
F-1, com os promotores dos GPs
promete grids com, no mínimo,
20 pilotos. Chefe do conglomerado, Bernie Ecclestone chegou a
alertar os sete times "saudáveis"
-Ferrari, BAR, Renault, McLaren, Williams, Toyota e Sauber-
para a chance de terem que inscrever um carro a mais em 2005.
A primeira estimativa é que cada equipe gastaria US$ 15 milhões
por ano para construir, manter e
transportar um terceiro modelo,
sem incluir gastos com os pilotos.
Uma F-1 com sete equipes em
2005 significaria um retrocesso de
36 anos. A última vez que a categoria viu um Mundial com tão
poucos inscritos foi em 1969.
Esse cenário confuso e sombrio,
porém, pode ter sido só um susto.
Mateschitz está determinado a
não deixar a chance escapar.
Uma equipe na principal categoria do automobilismo fecharia
o ciclo de um projeto ambicioso.
Desde 2002, a empresa conduz
o "Red Bull Driver Seach", cujo
único objetivo é "detectar, testar e
apoiar jovens talentos americanos
que possam correr na F-1".
Atualmente, sete pilotos dos
EUA são patrocinados pela marca
e competem em categorias da
América do Norte e da Europa.
NA TV - Treino oficial para o
GP da China, Globo, ao vivo, a
partir das 3h25
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