São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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TÊNIS

Agora temos opções?


Na era pós-Guga, equipe atual da Copa Davis é muito mais real, interessante e didática para o tênis nacional

RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

O BRASIL estava para sair do Grupo Mundial quando o sorteio botou na frente a Nova Zelândia. Com Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni, o país ganhou.
No ano seguinte, estréia contra a Espanha, Guga jogou bem, Fininho "mais ou menos", e não foi suficiente. Um ano depois, a Espanha jogou em casa. Guga foi bem, "compensou" Fino, e o Brasil ganhou. Contra a França, Guga não foi bem, Fininho não "compensou", e o país caiu.
Na temporada seguinte, contra a França, Fininho foi bem e Guga também. Contra a Eslováquia, Guga foi "mais ou menos", e Fininho salvou a pátria. Na Austrália, ninguém foi bem, e o Brasil perdeu a chance da final. Em 2002, a dupla Guga-Fininho caiu diante a Austrália, dessa vez no saibro de Florianópolis.
Nunca antes o país vira uma febre tão forte na Davis. O tênis brasileiro disputou (e venceu) confrontos espetaculares, saboreou o prestígio de ser reconhecido pelo torcedor, com dois tenistas carismáticos à frente.
Nem por isso, acompanhando todos os confrontos, grande parte deles in loco, eu achava que era hora de ser campeão -ou ao menos que havia realmente uma equipe de Davis.
Agora, o Brasil de novo jogou a repescagem. Alguns anos atrás, ou Guga ou Fininho precisaria de um fim de semana brilhante para vir a vitória. Sempre foi assim -que jeito?
Neste fim de semana, havia outro jeito. Antes do confronto, Marcos Daniel, melhor do país nesta semana, estava descartado. O capitão optou pelos números dois e três. Thomaz Belucci e Thiago Alves caíram no primeiro dia, mas havia uma dupla de verdade, que ganhou.
No fim, não deu, mas ficou a sensação de que agora pode-se pensar em uma estratégia, dependendo do rival, do piso, da época do ano.
Quem não gostaria de contar com top ten de simples e duplas? Todo mundo, mas a impressão é que agora, pós-Guga, um time como o atual, aí incluindo Marcos Daniel, é muito mais interessante, real e, principalmente, didático ao tênis nacional.
Sofremos com a derrota e mais um ano na segunda divisão, mas aprendemos, inclusive a dar valor.

PELA AMÉRICA DO SUL
A Copa Petrobras abre seu circuito nesta semana, em Bogotá. Na próxima semana, Aracaju recebe a etapa brasileira nas quadras da federação sergipana.

AINDA NA COLÔMBIA
Marcos Daniel levou o Challenger de Cali. É o sétimo challenger do gaúcho, o quinto na Colômbia.

EM RECIFE
Tiago Lopes ganhou o future local ao bater Nicolas Santos na final.

EM CAMPO GRANDE
Começa amanhã e vai até domingo no Rádio Clube de Campo a quinta etapa do Circuito Unimed.

reandaku@uol.com.br


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