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Punição a Hamilton no GP da Bélgica é mantida
Corte rejeita apelo que quis cancelar pena de inglês e confirma vitória de Massa
Juízes consideram recurso
inadmissível e nem julgam
se piloto da McLaren obteve
vantagem ao passar Kimi
Raikkonen pela chicane
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A PARIS
A Corte de Apelações da FIA
rejeitou o recurso da McLaren
para reaver a vitória de Lewis
Hamilton no GP da Bélgica, no
último dia 7. O anúncio foi feito
ontem pela entidade, às 16h09
em Paris (11h09 em Brasília).
O desfecho só foi conhecido
um dia depois da audiência de
quase seis horas, realizada anteontem, na sede da entidade.
Com isso, a vantagem do piloto inglês para Felipe Massa
na classificação do Mundial segue em apenas um ponto, restando quatro etapas para o final
da temporada -o próximo GP
será no domingo, em Cingapura, a partir das 9h de Brasília.
A equipe entrou com o recurso logo depois que Hamilton foi
punido com um "drive-through" no GP da Bélgica, por
cortar uma chicane e ganhar
vantagem na tentativa de ultrapassar Kimi Raikkonen pela
primeira colocação na corrida.
Mas, como a manobra aconteceu quando faltavam três voltas para a bandeirada final, a
punição a Hamilton foi convertida em 25 segundos a mais no
seu tempo de prova, o que fez
com que ele caísse da primeira
para a terceira posição. Conseqüentemente, Massa herdou a
vitória em Spa-Francorchamps
-Raikkonen bateu pouco tempo depois da ultrapassagem e
não completou a corrida.
A derrota da McLaren ontem
aconteceu na primeira de duas
partes do julgamento. A primeira era justamente saber se o
apelo da equipe era admissível.
De acordo com o artigo 152 do
Código Esportivo Internacional, não cabe recurso para as
penas de "drive-through" e
"stop and go" impostas por comissários nos GPs.
A tentativa da McLaren foi
então tentar convencer a Corte
de Apelações de que a pena a
Hamilton havia sido de tempo,
por isso entrou com o apelo.
A alegação da FIA e da Ferrari no julgamento de anteontem
era que, caso o recurso feito
fosse aceito, isso acabaria
abrindo um grave precedente.
De acordo com eles, pilotos e
equipes ficariam tentados a cometer infrações nas últimas
cinco voltas da corrida, já que
as penas de "drive-through" e
"stop and go" seriam convertidas em penas de tempo, podendo assim recorrer mais tarde.
Mas, após ouvir anteontem
representantes da McLaren
-entre eles o próprio Hamilton e Phil Prew, seu engenheiro-, da Ferrari e da FIA, o tribunal concluiu que o apelo não
era cabível, mantendo a pena
imposta e confirmando definitivamente a vitória de Massa.
Durante o julgamento, Mark
Philips, advogado da McLaren,
ainda conseguiu convencer a
Corte de Apelações a ouvir todas as testemunhas antes de
definir se julgaria o caso em
duas partes ou apenas em uma.
Mas, mesmo ouvindo as testemunhas, os juízes nem entraram no mérito da vantagem obtida ou não por Hamilton.
"Ninguém quer vencer corridas no tribunal, mas achamos
que Lewis venceu o GP da Bélgica na pista, de uma maneira
empolgante e expressiva, por
isso recorremos da decisão",
afirmou Martin Whitmarsh,
um dos chefes da McLaren.
Ferrari e FIA não se pronunciaram sobre o resultado.
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