São Paulo, domingo, 24 de novembro de 2002

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FUTEBOL

Como o Fluminense, todos os times das quartas no Brasileiro levam desvantagem no retrospecto contra o do ABC

São Caetano inicia no Rio mata-mata contra "fregueses"

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Se retrospecto valer, o São Caetano, que hoje, às 16h, no Maracanã, enfrenta o Fluminense na abertura das quartas-de-final do Brasileiro-2002, pode pensar em preparar a festa do título nacional.
Na sua trajetória de três anos na elite da bola do país, o clube do ABC amealhou uma coleção de "fregueses", incluindo os outros sete pretendentes ao troféu.
Ao todo, o São Caetano jogou 19 vezes por Brasileiros contra os sete times que restam no seu caminho para quebrar a sina de eterno vice-campeão. Nesses duelos, venceu 14, empatou quatro e perdeu apenas uma mísera vez -para o Atlético-MG, na fase de classificação da edição atual.
Corinthians, Juventude e Santos perderam duas vezes cada um para o time de camisa azul nos Nacionais. O Grêmio apanhou três vezes e conseguiu um empate. O São Paulo empatou uma e perdeu outra, por 3 a 0. Único a conseguir uma vitória, o Atlético-MG, entretanto, foi derrotado em duas outras oportunidades.
E foi o Fluminense, primeiro obstáculo nas finais de 2002, que teve o amargo sabor de abrir a lista de fregueses do São Caetano.
Em 2000, na primeira rodada dos mata-matas da Copa João Havelange, os cariocas enfrentaram um então desconhecido time da região metropolitana de São Paulo que passou a ser sua pedra no sapato desde então.
Contabilizando partidas pelo Brasileiro, foram duas derrotas e dois empates. Além disso, com um gol nos acréscimos, o São Caetano eliminou o Fluminense no último Torneio Rio-São Paulo.
"Tabu existe para ser quebrado", afirma o atacante Roni, do clube carioca, prevendo uma melhor sorte hoje para seu clube, assim como o treinador Renato Gaúcho, que declara que "tudo tem uma primeira vez".
Com tanta vantagem no confronto direto com os concorrentes, o São Caetano já não se vê mais como a zebra de 2000.
"Hoje a situação é diferente. O São Caetano é respeitado", afirma o volante Claudecir.
Para o atacante Adhemar, autor do gol que tirou o Fluminense da disputa do título da Copa JH, a situação atual pode ser até prejudicial. "Em 2000, eles não nos respeitavam, e isso facilitou nosso trabalho" diz o jogador, temendo que agora seu time não tenha as mesmas facilidades de antes.
O técnico Mário Sérgio só vai divulgar o time que enfrenta os cariocas no vestiário do Maracanã.
A tendência é que ele jogue com três volantes. Se resolver por uma marcação individual sobre Romário, o zagueiro Dininho deve ser responsável por ela.
Para o treinador, a vantagem de jogar por dois empates, obtida com a segunda melhor campanha na competição, pode virar pó hoje em caso de derrota por um placar dilatado. Segundo Mário Sérgio, se isso ocorrer, a possibilidade de reversão do quadro no estádio Anacleto Campanella é pequena.


Colaborou a Sucursal do Rio
NA TV - Sportv (só para Santos), ao vivo, às 16h


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