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O Datafolha no Brasileiro
Perto do fim, Brasileiro condena o jogo feio
Pior passador e driblador, Juventude pode cair hoje
DA REPORTAGEM LOCAL
Tratar a bola mal custou caro
no Brasileiro. Prova disso é o
Juventude, que pode amargar
hoje o seu fim na elite do Nacional, onde está desde 1995, se
não ganhar do Fluminense
(mesmo que vença, ainda vai
depender de uma intrincada
combinação de resultados).
O time gaúcho é destaque negativo nos rankings levantados
pelo Datafolha.
O Juventude tem o pior passe do campeonato (eficiência
de 76,3%). É o que menos tenta
dribles (9,5). Divide com o Internacional a lista de faltas cometidas (24,2). Só finaliza 12,1
vezes por partida, o segundo
pior desempenho de toda a
competição nacional.
Não foi sem motivos que o
clube, que já foi modelo de organização para uma agremiação mediana (chegou até ao título da Copa do Brasil, em
1999), é um fiasco no Nacional-07, em que é, junto com o Santos, o único clube que não é de
uma capital de Estado.
Foram cinco treinadores em
36 rodadas -Cláudio Duarte
resistiu por apenas quatro jornadas. A equipe de Caxias do
Sul, só no primeiro turno, utilizou 39 jogadores, mais do que o
campeão São Paulo vai usar em
todo o Brasileiro.
E o Juventude não é o único
representante do jogo feio que
fracassa na classificação. Todos
os times posicionados entre os
cinco primeiros estão entre os
dez maiores dribladores.
Além do Juventude, o já rebaixado América-RN faz feio
nas fintas -tem a terceira pior
média da competição.
Corinthians e Goiás, outros
ameaçados de cair, também estão entre os dez piores no cômputo da média de dribles.
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