São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 2000

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PAINEL FC

Embaixo do tapete
Ainda irritado com a quebra de seus sigilos bancário e fiscal, além da convocação para depor na CPI do Futebol, no Senado, Eurico Miranda promete reagir. Nos bastidores, tem dito que, antes de ele próprio ser investigado, os senadores deveriam averiguar as acusações de ACM contra Jáder Barbalho e deste contra o primeiro.

Recordar é viver
Além de Jair Picerni, o São Caetano quer homenagear, no início de janeiro, outros treinadores -no total foram 24- que passaram pelo clube. Entre eles Serginho Chulapa, hoje no Santos, Coutinho, ex-companheiro de ataque de Pelé, Martorelli, atual presidente do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de SP, e até José de Assis Aragão, ex-árbitro de futebol.

Jeitinho paulistano
Apesar de proibida durante jogos de futebol, a cerveja está sendo consumida à vontade nos estádios da capital paulista. No Parque Antarctica, por exemplo, sócios do Palmeiras aproveitam-se de uma entrada ao lado do bar do clube para levar, sem constrangimento, latinhas para acompanhar os jogos.

Comparação
Mustafá Contursi está aborrecido com as críticas pela perda do título da Mercosul. A seus amigos, faz questão de lembrar que, apesar de ter folha de pagamentos menor do que Corinthians, Santos e São Paulo, teve um desempenho melhor que os rivais no segundo semestre.

Momento...
Sobre a queima de fogos no Parque Antarctica, que serviu para homenagear o Vasco e não o Palmeiras, o clube paulista responsabiliza a Traffic. A agência de marketing esportivo teria sido a responsável pelos fogos de artifício, estourados quando os cariocas entravam em campo.

...impróprio
Em São Januário, no primeiro jogo da final, ocorreu o contrário. Quando o Palmeiras entrou no gramado os rojões estouraram. Na vez do Vasco, nada.

Cadê...
A situação do Santos está cada vez mais complicada. Consumada a saída de Edmundo, que reclama da falta de pagamento, os conselheiros de oposição pedem uma auditoria nas contas do clube. Estão dizendo que o presidente Marcelo Teixeira não tem competência para administrar as finanças santistas e que o time está indo para o buraco.

...o dinheiro?
O dirigente contesta as críticas e culpa a administração anterior, de Samir Abdul-Hak, pelos momentos difíceis vividos na Vila Belmiro. Diz que, quando assumiu o clube, no início do ano, só encontrou pepinos. Eram dívidas e mais dívidas. Dinheiro que é bom, nada.

Quarenta graus
Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes, não abre mão dos jogos às 16h de sábado, mesmo com os atletas reclamando do calor. Ele cita como exemplo a Copa dos Estados Unidos. Para os jogos serem transmitidos para a Europa, alguns foram realizados às 12h. E não adiantava protestar...

Matemática
Wanderley Luxemburgo não vai mais contratar a Price Waterhouse para fazer auditoria de suas contas nos últimos cinco anos. Apesar de dispensar a Price, não abre mão de um auditor para fazer uma análise de suas movimentações, questionadas pela CPI do Futebol no Senado. O nome do profissional deverá ser indicado por Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, um dos advogados do treinador.

Número um
Fanático por tênis, Jair Picerni ganhou um apelido da torcida do São Caetano. O técnico está sendo chamado de Guga.

Feito inútil
Mesmo classificado para as semifinais do Paulista masculino de basquete, Casa Branca pode enfrentar dificuldades para continuar existindo. Após o torneio, a AGF, principal patrocinadora do clube -responde por 80% de suas despesas-, deve sair.



E-mail painelfc.folha@uol.com.br


DIVIDIDA

De José Dias, diretor de futebol do São Paulo, sobre os comentários de que o clube enfrenta dificuldades financeiras:
-Pelo menos nossos pagamentos estão todos em dia. Não temos dívida alguma.


CONTRA-ATAQUE

Strike

Nos Jogos de Sydney, cada dia que passava era uma decepção a mais para os brasileiros, que não conseguiam ganhar o ouro de maneira nenhuma.
No centro de imprensa, o clima não era tão diferente do da arquibancada, onde a torcida se mostrava a cada dia mais frustrada com a falta do ouro.
A prova de equipes no hipismo era uma das esperanças brasileiras, principalmente pela presença de Rodrigo Pessoa. Ao lado de Álvaro de Miranda Neto, o Doda, André Bier Johannpeter e Luiz Felipe de Azevedo, o Brasil já havia sido bronze em Atlanta-96 e era um dos favoritos na Austrália.
Na vez de Luiz Felipe, no entanto, o sonho começou a desmoronar. Assim como Johannpeter, o cavaleiro acabou derrubando obstáculos e perdendo oito pontos.
Um dos jornalistas, que apostava tudo em Azevedo, ficou desesperado. Quando o brasileiro derrubou o segundo obstáculo, ele não se conteve e soltou um palavrão:
-Que m... Se fosse prova de boliche, o Brasil já seria ouro.


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