São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Eurico fica no Rio e evita hostilidades

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O presidente eleito do Vasco, deputado federal Eurico Miranda (PPB), não foi ontem ao Mineirão, que tinha clima completamente hostil ao dirigente carioca.
Por duas semanas, ele e o presidente do Cruzeiro, deputado federal Zezé Perrella (PFL-MG), terem trocado farpas públicas.
Várias faixas ofensivas ao dirigente vascaíno foram abertas nas arquibancadas do estádio, uma delas, escrita em inglês, dizia: "Eurico vergonhoso: você pode sempre roubar, mas não pode sempre vencer".
Outra faixa igualava o presidente eleito do time carioca com o juiz Nicolau dos Santos Neto, preso sob a acusação de desviar R$ 169 milhões. "Prendam o Eurico ou soltem o Lalau; direitos iguais para safados iguais."
Antes da partida, os torcedores cruzeirenses gritaram palavras de ordem contra Eurico. Uma delas era: ""Eurico pode esperar, a CPI vai te pegar".
Cruzeiro e Vasco travaram uma disputa fora do campo. Os clubes recorreram à Justiça comum e trabalhista para adiar datas das partidas, no caso do Vasco, e garantir a presença de Geovanni, no caso do Cruzeiro, que estava suspenso no primeiro jogo.
O assessor de imprensa do Vasco, Fernando Santana, disse que Eurico Miranda foi ao aeroporto, no Rio, mas lá avisou que não iria com o time para Belo Horizonte, sem dar explicações -o Vasco chegou à capital mineira às 14h, duas horas antes do início da partida.
O supervisor do Vasco, Isaías Tinoco, disse que Eurico não foi a Belo Horizonte porque acompanharia no Rio a natação do clube.
O presidente do Cruzeiro disse, antes da partida, que, em decorrência das discussões, essa era a partida mais importante como dirigente do time mineiro.


Texto Anterior: Vasco atropela no final do ano e vai à decisão da JH
Próximo Texto: Romário ataca críticos após partida
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.