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Corinthians de Luxenburgo é o campeão de 98
da Reportagem Local
O Corinthians
conquistou ontem o segundo
Campeonato
Brasileiro de sua
história e praticamente acertou
a permanência
do técnico Wanderley Luxemburgo em 1999.
O time derrotou o Cruzeiro por 2
a 0, ontem, no Morumbi, fechando
o mata-mata "melhor-de-três"
contra os mineiros. Foi a primeira
vez que a competição utilizou essa
fórmula na fase final.
De novo, o destaque foi o reserva
Dinei. Como nas duas partidas anteriores, o atacante entrou no segundo tempo e fez a diferença,
dando os passes para ambos os
gols -Edílson, aos 25min, e Marcelinho, aos 36min.
Com o título, a equipe paulista
vai disputar a Taça Libertadores da
América. No dia 24 de fevereiro,
contra o Palmeiras, em São Paulo,
fará a primeira das 14 partidas que
o separam de seu primeiro título
internacional. A Libertadores é o
passaporte para o Mundial interclubes, em dezembro, no Japão.
Antes do jogo, Luxemburgo se
reuniu com o presidente corintiano, Alberto Dualib, e definiu sua
permanência, como gerente do
clube. O acerto depende da autorização da Confederação Brasileira
de Futebol, pois Luxemburgo é
também técnico da seleção.
Pelo esquema, o cargo de técnico
corintiano seria desempenhado
por Candinho, ex-Lusa, que assessora Luxemburgo na seleção.
O acordo também depende do
futuro patrocinador do time. Luxemburgo recebe R$ 250 mil por
mês -metade é paga pelo banco
Bilbao Vizcaya Brasil (ex-Excel),
que vai deixa de patrocinar o clube
no próximo mês de janeiro.
O título tem um sabor especial
para Luxemburgo. Em setembro,
quando o Corinthians liderava
com facilidade a primeira fase do
Brasileiro, aceitou o convite para
dirigir a seleção brasileira e tornou-se alvo de críticos que julgavam ruim o acúmulo de cargos.
Desde então, o Corinthians passou por várias crises, das quais a
maior resultou no afastamento por
19 dias do meia-atacante Marcelinho, por indisciplina.
O último problema de Luxemburgo foi a sua suspensão pelo Tribunal de Justiça Desportiva, que o
obrigou a ter de assistir os jogos finais das cabines de rádio e TV.
A vitória corintiana não teve como herói os jogadores mais conhecidos da equipe, como Marcelinho,
Gamarra, Rincón, Vampeta ou
Edílson, mas um reserva.
O atacante Dinei tornou-se o
único jogador a participar das
duas conquistas de título brasileiro
pelo clube, em 1990 e neste ano.
Além de jogador, Dinei é torcedor do clube e foi formado nas categorias de base corintianas.
Nas partidas da decisão, teve
participação direta nos cinco gols
sobre o Cruzeiro. Marcou um e
deu passe para os demais, três de
Marcelinho e um de Edílson.
Após a partida, o "talismã" vestiu
uma camisa da torcida organizada
Gaviões da Fiel, que está suspensa
pela Justiça e tem o atacante como
sócio há mais de 12 anos.
Outro destaque das finais foi
Marcelinho, vice-artilheiro do
campeonato com 19 gols. Ele marcou nos três jogos decisivos.
O primeiro Brasileiro depois da
derrota da seleção na final da Copa
do Mundo da França foi marcado
por ineditismos e recordes.
Ostentou a maior média de gols
dos 28 anos da competição, 2,87
por jogo, e o maior número de partidas adiadas, 71. Foi também o
que mais tarde acabou no ano e o
primeiro a registrar uma partida
final na tarde de um dia útil.
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