São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2004

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FUTEBOL

Após fiascos no Vasco e no Fla, Romário e Edmundo voltam a jogar juntos hoje, na estréia do Flu no Estadual do Rio

Dupla leva a campo 3ª chance de dar certo

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Após fracassarem nas duas tentativas anteriores, os atacantes Romário, 37, e Edmundo, 32, voltam a jogar juntos hoje no Maracanã. A dupla será a principal atração da estréia do Fluminense no Estadual do Rio diante do Madureira, às 16h. A diretoria colocou 80 mil bilhetes à venda e acredita que a torcida lotará o estádio.
""Agora, espero que a história seja diferente. Estamos mais maduros e não cometeremos os erros do passado. Talvez seja a última chance de jogar com o Romário e fechar a parceria com chave de ouro", disse Edmundo, que se desentendeu com o seu colega de ataque no Flamengo e no Vasco.
A história de poucos gols e muita confusão da dupla teve início em 95, quando o Flamengo montou o chamado ataque dos sonhos, que ainda tinha Sávio.
Recomendado por Romário, Edmundo foi contratado pelo clube, mas não se entendeu com o amigo dentro e fora do campo. Sem jogar bem, os dois romperam relações em menos de três meses. Para piorar, Edmundo protagonizou um acidente automobilístico na Lagoa (zona sul do Rio), no qual três pessoas morreram. No final do ano, o Flamengo pôs fim à dupla ao emprestar Edmundo para o Corinthians.
No Vasco, os dois voltaram a se encontrar em 2000, mas a confusão foi maior ainda. Desafetos confessos, eles não se cumprimentavam e se desentenderam várias vezes publicamente. Romário chegou a chamar Edmundo de ""bobo da corte" durante uma entrevista no final de um jogo. Sem ambiente, Edmundo deixou o clube menos de seis meses após a volta de Romário ao Vasco.
""Quando estamos juntos, sempre acontece alguma coisa. Desta vez, espero que seja boa", disse Romário, em tom de ironia. Apesar de tudo, ele deu o aval para a reedição da dupla ao ser consultado pelos dirigentes do Fluminense antes do início das negociações com Edmundo. Há cerca de um ano, os dois reataram a amizade.
""Acredito neles. O Fluminense só vai ganhar com isso", disse o vice do clube, Celso Barros, responsável pela contratação de Edmundo. Barros preside a Unimed, que arcará com o salário dos dois (cerca de R$ 400 mil mensais).
O clube foi o que mais investiu para o Estadual do Rio. Além de Edmundo, contratou o meia Ramon, ex-Vasco, e o lateral Leonardo Moura, ex-São Paulo. Para jogar no Maracanã, tumultuou o início torneio -o Fluminense pressionou a federação e tirou o jogo do estádio do Madureira.



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