DA REPORTAGEM LOCAL

Com 9.096 pontos em oito edições do Nacional de basquete, Oscar é o líder absoluto na lista dos maiores pontuadores da competição -com mais de 1.500 de vantagem sobre Rogério, o segundo colocado na lista.
Entretanto, a aposentadoria do ídolo aparentemente não tirou o apelo da competição, que chega à sua 15ª edição anabolizada por 16 times de 15 cidades diferentes. O Nacional, que começa hoje em Goiânia, terá novidades -como um ranking de eficiência dos jogadores. E passará na TV aberta.
"Em 2004, o basquete só não terá mais exposição na mídia que o futebol", disse o presidente da CBB, Gerasime Bozikis, na solenidade de lançamento da competição, ocasião em que cobrou do técnico da seleção e do Ribeirão Preto, Lula Pereira, uma medalha no próximo Mundial.
Para o executivo Carlos Henrique Moreira, da empresa de marketing esportivo encarregada da promoção do campeonato na TV, a competição deve seguir o modelo da NBA com atrativos similares aos da liga americana: "Alguns detalhes, como uma quadra exclusiva para o basquete, por exemplo, são fundamentais. Assim como o incentivo à interatividade do telespectador".
Entretanto o projeto não previu um papel especial para o jogador mais popular do basquete brasileiro. "Hoje, existe talento para suprir a falta do Oscar. Sua saída abre espaço para o surgimento de novas estrelas. A estratégia de promoção do Nacional foi traçada de forma independente do ícone Oscar", completou Moreira.
Já o diretor de jornalismo da Rede TV!, José Emílio Ambrósio, não descartou a participação do ex-jogador. "Ele pode até vir a participar de algumas de nossas transmissões na condição de convidado, não como comentarista, porque já temos contrato com o Marcel", declarou o jornalista.
Para minimizar os gastos das viagens para as cidades em que os jogos serão realizados, a CBB -que fornece passagens aéreas para os times- elaborou uma tabela "racional", como qualificou Bozikis. A tabela prevê, por exemplo, que o Ajax enfrente hoje o Tijuca, jogue amanhã contra o Canoas e na terça com o Campos, sempre em casa.
Outra inovação para a edição deste ano é a mudança na denominação dos clubes. A partir de hoje, os patrocinadores deixarão os nomes oficiais das equipes, que passarão a ser referidas apenas pelo nome das cidades. "Isso cria mais identidade com o torcedor, ansioso por novidades e sedento por novos ídolos", disse Moreira.
Se a organização aposta na juventude, há times que investem na receita oposta.
O vice-campeão paulista Corinthians/Mogi, que tem o único jogador a participar de todas as edições do Nacional, o pivô Josuel, 33, apresentou na última sexta o armador Demétrius, 30. (LUÍS FERRARI)