São Paulo, quarta, 25 de março de 1998

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O PERSONAGEM Rivaldo afirma que faz a diferença em campo


do enviado a Stuttgart

Exaltado como o grande craque brasileiro no primeiro semestre de 1996 e criticado por torcedores e analistas na fracassada campanha olímpica de Atlanta, no mesmo ano, Rivaldo tenta mostrar hoje a Zagallo que pode ser tão bom na seleção como no Barcelona.
Artilheiro do clube catalão no Campeonato Espanhol, com 17 gols, o jogador também tem sido o principal articulador das jogadas da equipe na temporada 97-98.
O técnico Zagallo decidiu não aceitar o pedido do Barcelona para liberar Rivaldo do amistoso do Brasil contra a Argentina, no dia 29 de abril, o último a ser realizado antes da viagem para a França para a disputa da Copa do Mundo. (MM)

Pergunta - Você, um canhoto, se sente à vontade para jogar pelo lado direito?
Rivaldo -
No Barcelona, no começo, eu sentia até dificuldade por ter que ficar muito preso no lado esquerdo. Depois, ganhei mais liberdade e evoluí.
Gosto de me movimentar bastante. Aqui, na seleção, ficarei na direita, mas vou ter liberdade para me movimentar.
Pergunta - Com uma dupla de meias ofensivos formada por você e Denílson, dois canhotos, a seleção brasileira não jogará desequilibrada?
Rivaldo -
Às vezes, todos os meias são destros, e ninguém fala nada. Não é por aí.
Pergunta - Você considera o amistoso com a Alemanha decisivo para começar a Copa da França como titular?
Rivaldo -
Não só para mim, mas para quase todos os jogadores, já que Zagallo não confirmou a maioria.
Se o time for bem contra a Alemanha e a Argentina, deve ser o time do Mundial.
Pergunta - Você teme repetir o desempenho que teve na Olimpíada de Atlanta, em 96?
Rivaldo -
Não. Depois disso, joguei pela seleção em Brasília (3 a 0 sobre o País de Gales, em novembro de 1997) e parte de duas partidas na Arábia Saudita (em dezembro de 1997). A Olimpíada é passado.
Pergunta - Acha que frio causará muitas dificuldades aos jogadores brasileiros nessa partida contra os alemães?
Rivaldo -
Só até o jogo começar. Depois, correndo, ficamos quentes. Não haverá problema algum.
Espero jogar todo o tempo. Às vezes, não estou bem, mas decido o jogo em um lance, faço a diferença. Mesmo mal, fico no jogo e faço o gol.



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