THALES DE MENEZES
Enquanto o pessoal troca raquetadas no Lipton, a Copa Davis já é assunto. Brasil x Espanha é um confronto que pode representar um novo estágio no tênis desses dois países.
Para o Brasil, uma vitória vale muito mais do que a simples passagem para a etapa seguinte da Davis. Bater a Espanha, que é hoje a segunda potência mundial no circuito, pode servir de atalho para o tênis brasileiro mostrar o que pode fazer além da estrela de Gustavo Kuerten.
No último ranking da ATP, seis tenistas brasileiros aparecem entre os 200 melhores do mundo (Gustavo Kuerten, Fernando Meligeni, André Sá, Marcio Carlsson, Jaime Oncins e Roberto Jábali).
É pouco diante da Espanha, que tem mais do que isso só entre os 50 melhores, mas essa turma brasileira faz o país continuar em evidência nos torneios. Isso facilita a vida para todos que têm sua vida ligada às raquetes.
Na hora de organizar um torneio, por exemplo, ter tenistas espalhados pelo ranking ajuda a vender a idéia para patrocinadores. Ter um grupo com boas colocações no ranking também permite que os tenistas disputem torneios de primeira linha, com condições de viajar e treinar juntos.
A presença de Gustavo Kuerten passou a intimidar os adversários na Davis, a ponto de o técnico espanhol dar o favoritismo ao Brasil. Assim, Meligeni pode jogar seu tênis mais solto, sem tanta pressão.
Permanecer na Davis, batendo a poderosa Espanha, seria um empurrão fantástico para esse grupo de atletas, quase todos em momento de afirmação internacional na carreira.
Por isso, a equipe do Brasil precisa ter consciência exata da importância da vitória.
Para os espanhóis, é o outro lado da moeda. São consagrados, mas costumam derrapar na Davis. Contra um time em ascensão, como o Brasil, eles precisam lidar com a pressão.

Hora de observar
O sueco Jonas Bjorkman está perdendo uma atrás da outra. Mas alguém já reparou que ele mudou o jeito de segurar a raquete? Talvez uma contusão tenha determinado a mudança. O certo é que ele sofre para recuperar o tênis perdido.

Hora de desconfiar
Pete Sampras vencer o primeiro set por 6/0 e depois perder para o sul-africano Wayne Ferreira? Incrível! E ainda perder duas chances de fechar o jogo no tie-break do segundo set? Põe incrível nisso!

Hora de jogar
Estão abertas as inscrições para a World Tennis Cup 98, que reúne em São Paulo, na Academia Meyer Tennis, competidores em chaves divididas por idade, classes, principiantes e não-federados. Os interessados podem fazer sua inscrição na Federação Paulista (tel. 574-6688) ou na própria Meyer (492-5249). Valor: R$ 25, pagos no primeiro jogo.



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