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O inglês Damon Hill, da Jordan, bebe caipirinha na piscina do Hotel Transamérica, em São Paulo. O campeão de 96 foi um dos primeiros pilotos a desembarcar na cidade.

da Reportagem Local

A discussão em torno do novo sistema de freios da McLaren não deverá se esgotar no Brasil. Nem na Argentina, que abriga a etapa seguinte da F-1.
Mas já tem data provável para acabar: 26 de abril, dia do GP de San Marino, que marca o início da temporada européia.
Até lá, o protesto que a Ferrari promete fazer contra o dispositivo neste fim-de-semana, em São Paulo, deverá produzir resultado.
Segundo Rubens Barrichello, da Stewart, a expectativa é de que ele seja proibido. "Temos informações de que a FIA deverá proibir o pedal extra de freio em Imola", declarou o piloto, ontem, durante visita a uma fábrica em Guarulhos (Grande São Paulo).
A Stewart foi uma das signatárias da carta elaborada pela Ferrari, na Austrália, que pedia o veto ao equipamento desenvolvido pela McLaren.
A FIA, entidade que controla o automobilismo, comunicou que apenas um protesto formal seria aceito. A Ferrari já anunciou que seguirá a orientação logo após a realização do treino oficial do GP Brasil, no próximo sábado.
O sistema da McLaren permite ao piloto evitar que as rodas patinem nas saídas de curva. A polêmica gira em torno da suspeita de que o freio trabalhe eletronicamente ou como um controle de tração, elementos proibidos.
"A disputa política é tão grande que eu não quero me envolver. Acho só que eles têm algo diferente do que dizem ter", afirmou o piloto brasileiro.
Barrichello concorda com a tese de que a confusão sobre o freio pode estar escondendo o real motivo do excelente desempenho da McLaren neste ano.
A própria equipe inglesa, defendendo com veemência a legalidade de seu novo freio, que já possui similares em outros times, estaria alimentando a polêmica.
Assim, encobriria o verdadeiro segredo de seu sucesso. Fala-se em quatro rodas direcionáveis e em um inédito sistema de regeneração de potência no motor.
Em São Paulo, o time age com extrema cautela e rapidez. Seis de seus membros chegaram no domingo para cuidar da logística.
Na segunda, com a equipe de mecânicos completa, já estava com seus carros praticamente montados, enquanto muito dos outros times mal haviam se instalado nos boxes de Interlagos.
Os pilotos Mika Hakkinen e David Coulthard desembarcaram ontem na cidade, segundo o serviço de comunicação do hotel Meliá.
Os rivais Jacques Villeneuve, da Williams, e Michael Schumacher, da Ferrari, eram esperados somente hoje. (JHM e FSx)


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