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VÔLEI
Equipe paulista dá o troco no Minas, que havia ganho a série final da Superliga feminina entre os times no ano passado
Osasco é campeão brasileiro pela 1ª vez
MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE
Nem o mais otimista dos torcedores apostaria que o primeiro título nacional do BCN/Osasco
chegaria de forma tão fácil.
Jogando pela segunda vez fora
de casa, o time paulista arrasou o
MRV-Minas ontem, por 3 sets a 0
(25/20, 25/14 e 25/17), e conquistou o título da Superliga feminina
com apenas um set perdido nos
três confrontos da série decisiva.
A primeira vez do time de Osasco foi também a décima da principal levantadora do país. Fernanda
Venturini, 32, coroou com a conquista de ontem o ano de seu retorno às quadras.
Principal reforço para a Superliga 2002/2003, a atleta chegou a
Osasco como "a peça que faltava".
No ano passado, sem ela e após
investir pesado com a contratação
do técnico campeão olímpico José
Roberto Guimarães e da ponta
Virna, o time tropeçara justamente diante do Minas.
A levantadora voltou às quadras
após mais de um ano parada por
causa do nascimento de sua filha,
Julia. Havia anunciado a aposentadoria com uma despedida melancólica depois do vice em 2001/
2002 com o Vasco.
"Promessa é dívida. Dois anos
sem um título já era demais", disse ela, que esteve em 13 finais dos
14 Brasileiros que disputou e pretende jogar por mais um ano.
"Eu sabia que seria assim [3 jogos a 0] pela determinação desse
time. Para mim, foi difícil. Ficava
com o coração apertado por deixar minha filha em casa para treinar. Por isso estou tão emocionada. Mas sempre tive apoio. E valeu
a pena", completou, chorando.
Ontem, com o passe na mão, a
levantadora conseguiu variar
bem as jogadas e deixar suas atacantes livres. E elas corresponderam. Bia, líder nas estatísticas de
ataque, Virna e Paula Pequeno fizeram um jogo impecável. As
duas últimas devem ser chamadas para a seleção brasileira.
Virna, que sofreu uma lesão e se
recuperou durante a Superliga,
volta após ter deixado o time nacional no ano passado alegando
problemas pessoais.
"Foi um ano muito difícil. Voltar a vestir a camisa brasileira será
muito bom", afirmou a ponta.
Enquanto o Osasco apresentou
uma disciplina tática impecável,
do outro lado da quadra do Mineirinho, sofrendo com a tática
"torturante" de saques do rival, o
Minas nem de longe lembrou o time que fez a melhor campanha da
primeira fase, quando bateu o adversário paulista duas vezes.
Na primeira delas, no primeiro
turno, jogando fora de casa, virou
o segundo set quando perdia por
24/17. A reação mineira serviu de
lição para a equipe de Osasco.
"Nossa vitória aqui [ontem"
nasceu ali. Nós tivemos de aprender a jogar contra elas", disse o
técnico Zé Roberto, que agora fará o Caminho de Santiago para
pagar uma promessa. "Se aquele
24 a 17 vai ficar na nossa história,
esse 3 a 0 em casa, um ano após o
título, vai ficar marcado na história do Minas", completou ele, referindo-se à derrota na decisão da
Superliga-2002 para o rival.
Nesta temporada, dos cinco torneios que disputou, o Osasco foi
campeão do Paulista, dos Jogos
Abertos, dos Jogos Regionais e da
Salompas Cup. Acabou com o vice-campeonato do Grand Prix.
A jornalista Mariana Lajolo viajou a
convite do BCN
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