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São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 2003

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DEPOIS DO VEXAME

O resultado é superficial, diz Mustafá Contursi

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Mustafá Contursi falou à Folha por telefone ontem.
 

Folha - Após os 7 a 2, todos pedem a sua cabeça.
Mustafá Contursi -
É natural. Em 1932, 33 e 34, fomos tricampeões. O presidente era grande advogado e deve ter criado ciúme. Em 1935, ele não foi bem e saiu da presidência. Infelizmente, não voltou ao clube. As pessoas foram agressivas, jogando seu retrato no banheiro.

Folha - Como explica o 7 a 2?
Contursi -
O imponderável do futebol. Não existe lógica. Não dá para imaginar as razões para se tomar sete gols.

Folha - O time atual não é tão ruim para tomar de sete?
Contursi -
É minha argumentação. Se falo isso, parece que quero me justificar. Não me eximo de culpa. Mas o resultado do futebol é superficial. O clube está sob controle. Apresentamos dois atletas [Lúcio e Élson].

Folha - Reforços de peso?
Contursi -
Vamos nos preparar para jogar a Série B. Se não trazemos nomes de peso e somos campeões, ninguém fala nada. Se trazemos e caímos, como em 2002, a administração é que não prestou.

Folha - Teme movimento que leve ao impeachment?
Contursi -
Não sei se existe mecanismo para isso. Nunca me preocupei nesse sentido.

Folha - Pensa em renúncia? Contursi - Hora nenhuma.

Folha - A família não sugeriu a renúncia para poupá-lo?
Contursi -
A família exige a minha presença. Se tenho erros administrativos, eles têm que ser corrigidos. São 35 anos de serviços ao clube.

Folha - O sr. renuncia se o time não subir neste ano?
Contursi -
Não estou admitindo essa hipótese.


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