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Clube usa reforços contra a crise
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras tentou atenuar ontem o clima desastroso com o
anúncio de uma contratação dupla vinda do Ituano: o lateral-esquerdo Lúcio e o meia Élson.
Sorrindo muito, o diretor de futebol Mário Gianini apresentou a
dupla. Encontrou até uma metáfora bonita para descrever a chegada: "Estamos abastecendo a nave em pleno vôo".
Os jogadores, porém, não escondiam o desconforto. "Chego
em um momento ruim, mas o negócio é trabalhar", afirmou Lúcio,
um recifense de 23 anos que passou ainda por São Bento, Gama,
XV de Piracicaba e São Caetano.
Já Élson tentava fazer esquecer
suas antigas provocações ao Palmeiras. O meia defendia o Vitória
no 4 a 3 no estádio Barradão, em
17 de novembro de 2002, que selou o rebaixamento nacional do
time que agora defende.
Para piorar, quando disputa o
Paulista-2003 pelo Ituano, se envolveu numa discussão com os
palmeirenses e disse aos microfones de rádio e TV: "Eu ajudei a
derrubar esse time".
"Naquele hora, estava com a cabeça quente. Claro que não fui eu
ou aquele jogo que fez o Palmeiras cair. Acho que a torcida vai esquecer isso quando eu começar a
jogar", disse Élson, 21.
Entusiasmado, Gianini prometeu mais contratações. Um zagueiro e um atacante. "O ciclo de
contratações no Palmeiras nunca
termina", empolgou-se.
Mas, quando perguntaram sobre jogadores de renome, ele colocou o pé atrás. "Edmundo,
França ou Antônio Carlos estão
fora de nossa realidade."
O clube fala em atletas "de grande potencial" -traduzindo: baratos e que possam render dividendos no futuro- e evita os nomes caros pedidos por Picerni ou
pela torcida, que exagerou listando até o argentino Riquelme.
Enquanto isso, o time sofre com
os revezes, como as contusões dos
meias Pedrinho (seis semanas fora) e Correa (dez dias).
(RB)
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