|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Beneficiada pelos erros do Paysandu, equipe vence por 4 a 1 no jogo em que cumpriu punição de portões fechados
Sob silêncio, Santos vira líder sem suar
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem incentivo, faltou brilho.
Com portões fechados, o Santos
venceu o Paysandu em silêncio
ontem no Anacleto Campanella e
iniciou sua defesa do título nacional com um 4 a 1 chocho.
O resultado deixou o time como
líder do Brasileiro, com três pontos e o mesmo saldo do Atlético-MG, que venceu o Figueirense anteontem também por 4 a 1.
Em ritmo de treino, dado o vazio do estádio em razão da punição, o time do técnico Gallo começou a partida sem vontade. E
foi exatamente assim que conseguiu seu primeiro gol no jogo.
Aos 5min, o goleiro Ronaldo recebeu uma bola recuada e errou
ao tentar despachá-la para a frente. A bola acabou indo na direção
da cabeça do atacante Deivid e
voltando ao gol dos paraenses. O
Paysandu desmantelava a sua
própria atitude defensiva.
A comédia de erros dos belenenses voltou a beneficiar o time
da Vila Belmiro quando Bóvio
tentou dar um passe de primeira,
e Flávio Tanajura desviou o rumo
da bola com a mão.
Coube a Robinho a cobrança do
pênalti, aos 21min, batendo com
precisão à esquerda de Ronaldo.
Sem suar, o Santos marcou 2 a 0.
A resposta do Paysandu, quando veio, foi provocada mais por
um erro santista do que por méritos da equipe de Paulo Campos. O
zagueiro Leonardo fez gol contra,
ao desviar de cabeça uma falta cobrada da direita, aos 22min.
No que dependeu deles mesmos, Santos e Paysandu faziam
um primeiro tempo sofrível. O
Datafolha somou cinco conclusões do time do litoral, com apenas duas certas -os dois gols.
Já o time de Belém só conseguiu
acertar o gol com as próprias pernas aos 32min, num chute de Jobson. Finalizou depois mais quatro
vezes, sem acertar nenhuma.
No segundo tempo, o Santos
voltou sem nova disposição. Parecia realmente encarar o jogo como um coletivo, facilitado pelos
erros de passe do Paysandu.
De interessante no reinício, só
um chute de Robson, aos 11min,
que o goleiro colombiano Henao
defendeu matando no peito.
Donos da vantagem, os comandados por Gallo deixavam o tempo passar, sem ambições. Robinho estava mal na partida, ainda
que tenha marcado um gol. Como
não havia torcida para irritar, a situação tendia a seguir até o fim.
Na metade do segundo tempo,
Gallo tentou acordar o time, tirando o volante Zé Elias e escalando o garoto Edmílson, 16. Sua ousadia acabou sendo premiada.
Aos 25min, na sua primeira bola no jogo, Edmílson, livre de
marcação, completou de peixinho um belo cruzamento de Léo,
ampliando a vantagem em 3 a 1.
Enquanto isso, o Paysandu tentava reagir, mas esbarrava na figura de Henao. O goleiro santista
apareceu bem nos chutes perigosos de Robson e, principalmente,
no de Lecheva, aos 37min.
O impulso de reação do Paysandu acabou morrendo na boa troca
de passes dos santistas, que toureava o cansado time paraense à
espera do apito final.
Aos 45min, veio a estocada final: o lateral Léo fez grande jogada pela esquerda, superando dois
rivais e cruzando da linha de fundo. Deivid pulou, fez 4 a 1 de cabeça e se igualou a Tuta, na artilharia
do Nacional, com dois gols.
"É difícil com casa vazia. A equipe sofreu uma pressãozinha, mas
esperou o momento certo e matou o jogo", disse o lateral, que se
apresentará hoje ao técnico Carlos Alberto Parreira para o amistoso desta quarta-feira, contra a
Guatemala, no Pacaembu.
No próximo domingo, o Santos
volta a campo pelo Brasileiro contra o Coritiba, na capital paranaense. Já o Paysandu recebe o
Fluminense em casa.
Texto Anterior: Fim do baile: Geraldinos vivem últimas emoções no seu pedaço Próximo Texto: Deivid pede para ficar na Vila até o fim do ano Índice
|