São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 2005

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FUTEBOL

Beneficiada pelos erros do Paysandu, equipe vence por 4 a 1 no jogo em que cumpriu punição de portões fechados

Sob silêncio, Santos vira líder sem suar

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem incentivo, faltou brilho. Com portões fechados, o Santos venceu o Paysandu em silêncio ontem no Anacleto Campanella e iniciou sua defesa do título nacional com um 4 a 1 chocho.
O resultado deixou o time como líder do Brasileiro, com três pontos e o mesmo saldo do Atlético-MG, que venceu o Figueirense anteontem também por 4 a 1.
Em ritmo de treino, dado o vazio do estádio em razão da punição, o time do técnico Gallo começou a partida sem vontade. E foi exatamente assim que conseguiu seu primeiro gol no jogo.
Aos 5min, o goleiro Ronaldo recebeu uma bola recuada e errou ao tentar despachá-la para a frente. A bola acabou indo na direção da cabeça do atacante Deivid e voltando ao gol dos paraenses. O Paysandu desmantelava a sua própria atitude defensiva.
A comédia de erros dos belenenses voltou a beneficiar o time da Vila Belmiro quando Bóvio tentou dar um passe de primeira, e Flávio Tanajura desviou o rumo da bola com a mão.
Coube a Robinho a cobrança do pênalti, aos 21min, batendo com precisão à esquerda de Ronaldo. Sem suar, o Santos marcou 2 a 0.
A resposta do Paysandu, quando veio, foi provocada mais por um erro santista do que por méritos da equipe de Paulo Campos. O zagueiro Leonardo fez gol contra, ao desviar de cabeça uma falta cobrada da direita, aos 22min.
No que dependeu deles mesmos, Santos e Paysandu faziam um primeiro tempo sofrível. O Datafolha somou cinco conclusões do time do litoral, com apenas duas certas -os dois gols.
Já o time de Belém só conseguiu acertar o gol com as próprias pernas aos 32min, num chute de Jobson. Finalizou depois mais quatro vezes, sem acertar nenhuma.
No segundo tempo, o Santos voltou sem nova disposição. Parecia realmente encarar o jogo como um coletivo, facilitado pelos erros de passe do Paysandu.
De interessante no reinício, só um chute de Robson, aos 11min, que o goleiro colombiano Henao defendeu matando no peito.
Donos da vantagem, os comandados por Gallo deixavam o tempo passar, sem ambições. Robinho estava mal na partida, ainda que tenha marcado um gol. Como não havia torcida para irritar, a situação tendia a seguir até o fim.
Na metade do segundo tempo, Gallo tentou acordar o time, tirando o volante Zé Elias e escalando o garoto Edmílson, 16. Sua ousadia acabou sendo premiada.
Aos 25min, na sua primeira bola no jogo, Edmílson, livre de marcação, completou de peixinho um belo cruzamento de Léo, ampliando a vantagem em 3 a 1.
Enquanto isso, o Paysandu tentava reagir, mas esbarrava na figura de Henao. O goleiro santista apareceu bem nos chutes perigosos de Robson e, principalmente, no de Lecheva, aos 37min.
O impulso de reação do Paysandu acabou morrendo na boa troca de passes dos santistas, que toureava o cansado time paraense à espera do apito final.
Aos 45min, veio a estocada final: o lateral Léo fez grande jogada pela esquerda, superando dois rivais e cruzando da linha de fundo. Deivid pulou, fez 4 a 1 de cabeça e se igualou a Tuta, na artilharia do Nacional, com dois gols.
"É difícil com casa vazia. A equipe sofreu uma pressãozinha, mas esperou o momento certo e matou o jogo", disse o lateral, que se apresentará hoje ao técnico Carlos Alberto Parreira para o amistoso desta quarta-feira, contra a Guatemala, no Pacaembu.
No próximo domingo, o Santos volta a campo pelo Brasileiro contra o Coritiba, na capital paranaense. Já o Paysandu recebe o Fluminense em casa.


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