DA REPORTAGEM LOCAL

Um brasileiro estava por trás dos obstáculos que Pessoa encontrou na Copa do Mundo.
Guilherme Nogueira Jorge desenhou o percurso das provas em Las Vegas. É o primeiro profissional do país a atuar em um evento dessa magnitude.
Ex-cavaleiro, Jorge se formou em veterinária e acumulou as duas funções durante cinco anos. Desde 1993 vive só de armar percursos. "Não dá para ficar rico", brinca ele, que mora em Campinas e passa cerca de 30 semanas por ano viajando.
"É uma profissão que necessita de dedicação extrema. Estou sempre longe de casa e da família. Mas, ao mesmo tempo, vou aos maiores eventos", diz.
Mesmo distante de Rodrigo Pessoa, que reside na Bélgica, Jorge recebeu ensinamentos de um membro da principal família do hipismo nacional.
"O Hélio Pessoa [tio de Rodrigo] e o coronel Joberto Fonseca foram as minhas maiores influências. Com eles aprendi os princípios básicos do bom desenho de pista", agradece.
Em suas andanças, Jorge também travou contato com alguns dos maiores armadores, como o venezuelano Leopoldo Palacios, autor da pista nos Jogos de Sydney-00 e um dos vice-presidentes da FEI, e o alemão Olaf Petersen, que fez o percurso em Atenas-04. (ALF)


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