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efeito moral
Denunciado, Palmeiras receberá final
Clube pode usar Parque Antarctica no 2º jogo da decisão em SP mesmo em caso de punição no julgamento de segunda
Procurador do TJD diz que gás partiu da torcida do time
da casa, mas regulamento da federação paulista
garante liberação do campo
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras terá de responder no tribunal por uma falha
de segurança no Parque Antarctica. Mas isso não será problema para que o estádio palmeirense receba o segundo jogo da final do Paulista-2008.
Apesar da denúncia apresentada ontem contra o clube sobre o lançamento de gás no vestiário são-paulino no estádio
palmeirense no último domingo, o Regulamento Geral das
Competições da Federação
Paulista de Futebol garante o
"alvará" para a final.
O segundo parágrafo do artigo 45 do documento afirma que
a entidade só pode executar a
pena de perda de mando de
campo na partida que venha a
ocorrer após cinco dias úteis da
decisão da Justiça Desportiva.
Isso devido aos prazos previstos no Estatuto do Torcedor
para mudança no local do jogo e
comercialização de ingressos.
Ou seja, como o julgamento
no Tribunal de Justiça Desportiva será na próxima segunda-feira, restariam quatro dias
úteis. No domingo, 4 de maio, a
casa palmeirense estará liberada para o duelo diante da Ponte
Preta que consagrará o novo
campeão do Estadual. Uma
possível punição só valerá para
o torneio do ano que vem.
O procurador do TJD, Antônio Carlos Meccia, enquadrou
o clube no artigo 213 do Código
Brasileiro de Justiça Desportiva ("Deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em sua praça
de desportos"). A pena é uma
multa de R$ 50 mil a R$ 500 mil
e a perda do mando de campo
de uma a três partidas.
"Como não foi possível identificar o indivíduo causador do
ato e ficou claro que o ocorrido
veio do lado da torcida do Palmeiras, o clube foi indiciado no
artigo adequado", disse Meccia.
No clássico entre as equipes,
no domingo, um gás tóxico foi
lançado no vestiário do São
Paulo no intervalo do confronto, quando a equipe perdia por 1
a 0. Ambos os clubes registraram boletim de ocorrência.
Durante a semana, Meccia
ouviu testemunhas. O São Paulo entrou com representação
pedindo punição ao adversário.
Ontem, o médico José Sanchez
foi ouvido. "Não tinha nada no
vestiário quando descemos no
intervalo. Após três, quatro minutos, eu ouvi o spray, olhei para cima e vi as gotículas do gás
contra a luminosidade. Em seguida entrou no meu olho."
O Palmeiras, mandante do
jogo, aguarda a conclusão do
laudo feito pela Polícia Científica que só deve ficar pronto em
pouco mais de três semanas.
"Fala-se em responsabilidade objetiva do Palmeiras. De fato, ela existe. Mas fizemos tudo
o que era possível dentro da
normalidade para a realização
da partida. Tem coisas que estão fora do nosso controle", comentou Gilberto Cipullo, vice
de futebol palmeirense.
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