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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
A final de Roma
HÁ MAIS diferenças
entre Barcelona e
Manchester United
do que mostram os números
do melhor ataque da Europa
comparados à melhor defesa
da Champions League.
O Barça fez 155 gols em 43
partidas, com média de 2,62,
jogando sempre do mesmo
jeito. São três atacantes, um
volante e dois meias criativos,
que marcam e têm a função de
municiar o ataque. Você sabe
como Xavi e Messi jogam, o
que não evita que o primeiro
seja o líder de passes para gol
do Espanhol e da Copa dos
Campeões, nem que Messi seja o goleador do torneio continental e artilheiro do time na
temporada, com 37 gols.
Já o Manchester United...
Espere Alex Ferguson definir os 11 titulares para a final
no estádio Olímpico, na quarta. Então, pense como a equipe se posicionará em campo.
Um doce para quem acertar.
Mesmo que você tenha convicção de que a equipe terá
Rooney, Cristiano Ronaldo,
Carrick, Scholes e Tevez em
campo, é impossível dizer se o
português jogará pela direita,
pela esquerda ou como centroavante. Se Alex Ferguson
posicionará o time com cinco
no meio e um atacante ou com
quatro meias e um avante.
O Manchester é imprevisível do ponto de vista tático.
Tem variações de sistema e do
posicionamento dos atletas.
É a defesa menos vazada da
Copa dos Campeões -entre
os que jogaram até as finais-
e pode se tornar o primeiro bicampeão invicto da história. A
decisão põe frente a frente o
melhor ataque do planeta
contra o mais equilibrado. A
palavrinha mágica -equilíbrio- usada vulgarmente por
técnicos de todo o mundo.
Há tempos, a montagem
dos grandes times começa pela defesa e talvez nunca tenha
sido diferente. O Barcelona,
sempre forte no ataque, ganhou sua última Copa dos
Campeões com o maior número de gols do torneio. Mas
venceu em 92 com um ataque
inferior na estatística ao da
Sampdoria, rival da decisão.
Há três anos, o Barça venceu o Arsenal na decisão graças a seu ataque. Fazia diferença encarar rival também
ofensivo e que não possuía a
solidez defensiva do Manchester de Ferguson. Henry
era símbolo daquele Arsenal.
Em 18 partidas contra o Manchester, não fez gol em 11.
Marcar desta vez é exigência
para o ataque vencer a solidez.
O VENCEDOR
Se triunfar, Alex Ferguson
se igualará ao inglês Bob
Paisley, campeão pelo Liverpool em 77, 78 e 81. Será o segundo técnico com três taças
da Copa dos Campeões, criada em 1955. Guardiola pode
ser o sexto ganhador como
técnico após ter vencido como jogador, como Miguel
Muñoz, Trapattoni, Carlo
Ancelotti, Rijkaard e Cruyff.
OS PERDEDORES
Evra foi vice pelo Monaco
em 2004 e venceu pelo Manchester em 2008. Henry foi
vice pelo Arsenal, em 2006.
Um deles entrará na lista dos
cinco vice por dois clubes:
Stielike (B. Monchengladbach e Real Madrid), Papin
(Marselha e Milan), Vasovic
(Partizan e Ajax), Davids
(Ajax e Juventus) e Ballack
(Leverkusen e Chelsea).
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