São Paulo, segunda-feira, 25 de maio de 2009

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br

A final de Roma

HÁ MAIS diferenças entre Barcelona e Manchester United do que mostram os números do melhor ataque da Europa comparados à melhor defesa da Champions League.
O Barça fez 155 gols em 43 partidas, com média de 2,62, jogando sempre do mesmo jeito. São três atacantes, um volante e dois meias criativos, que marcam e têm a função de municiar o ataque. Você sabe como Xavi e Messi jogam, o que não evita que o primeiro seja o líder de passes para gol do Espanhol e da Copa dos Campeões, nem que Messi seja o goleador do torneio continental e artilheiro do time na temporada, com 37 gols.
Já o Manchester United...
Espere Alex Ferguson definir os 11 titulares para a final no estádio Olímpico, na quarta. Então, pense como a equipe se posicionará em campo. Um doce para quem acertar.
Mesmo que você tenha convicção de que a equipe terá Rooney, Cristiano Ronaldo, Carrick, Scholes e Tevez em campo, é impossível dizer se o português jogará pela direita, pela esquerda ou como centroavante. Se Alex Ferguson posicionará o time com cinco no meio e um atacante ou com quatro meias e um avante.
O Manchester é imprevisível do ponto de vista tático. Tem variações de sistema e do posicionamento dos atletas.
É a defesa menos vazada da Copa dos Campeões -entre os que jogaram até as finais- e pode se tornar o primeiro bicampeão invicto da história. A decisão põe frente a frente o melhor ataque do planeta contra o mais equilibrado. A palavrinha mágica -equilíbrio- usada vulgarmente por técnicos de todo o mundo.
Há tempos, a montagem dos grandes times começa pela defesa e talvez nunca tenha sido diferente. O Barcelona, sempre forte no ataque, ganhou sua última Copa dos Campeões com o maior número de gols do torneio. Mas venceu em 92 com um ataque inferior na estatística ao da Sampdoria, rival da decisão.
Há três anos, o Barça venceu o Arsenal na decisão graças a seu ataque. Fazia diferença encarar rival também ofensivo e que não possuía a solidez defensiva do Manchester de Ferguson. Henry era símbolo daquele Arsenal. Em 18 partidas contra o Manchester, não fez gol em 11. Marcar desta vez é exigência para o ataque vencer a solidez.

O VENCEDOR
Se triunfar, Alex Ferguson se igualará ao inglês Bob Paisley, campeão pelo Liverpool em 77, 78 e 81. Será o segundo técnico com três taças da Copa dos Campeões, criada em 1955. Guardiola pode ser o sexto ganhador como técnico após ter vencido como jogador, como Miguel Muñoz, Trapattoni, Carlo Ancelotti, Rijkaard e Cruyff.

OS PERDEDORES
Evra foi vice pelo Monaco em 2004 e venceu pelo Manchester em 2008. Henry foi vice pelo Arsenal, em 2006. Um deles entrará na lista dos cinco vice por dois clubes: Stielike (B. Monchengladbach e Real Madrid), Papin (Marselha e Milan), Vasovic (Partizan e Ajax), Davids (Ajax e Juventus) e Ballack (Leverkusen e Chelsea).


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