São Paulo, segunda-feira, 25 de maio de 2009

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Neymar sai do banco para ditar goleada

Após Santos obter virada, atleta inicia as jogadas dos gols de Kléber Pereira

Celso Pupo/Agência O Globo
Madson comemora o segundo gol do Santos no Maracanã


Fluminense 1
Santos 4

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Mantido no banco até aos 38min do segundo tempo, o atacante Neymar confirmou a vitória do Santos contra o Fluminense com as jogadas dos dois últimos gols da goleada por 4 a 1, no Maracanã.
Quando a revelação de 17 anos entrou na partida, seu time já vencia de virada por 2 a 1. Mas, mesmo desorganizado e com um jogador a menos -o lateral-esquerdo Dieguinho fora expulso aos 20min da segunda etapa-, o Fluminense trocava passes, rondava a área e já desperdiçara alguns bons ataques.
Em sua primeira jogada, Neymar recebeu e fez um lançamento preciso para o meia Madson, que desceu pela esquerda e cruzou a bola para o atacante Kléber Pereira, que vinha pela direita, dar um carrinho e fazer o terceiro gol.
Dois minutos depois, Neymar recebeu dentro da área, mais pela direita, e chutou cruzado. O goleiro tricolor Fernando Henrique espalmou, e Kléber Pereira apareceu em velocidade antes dos zagueiros para marcar com o gol vazio.
Diferentemente do que uma análise do placar poderia indicar, a partida não começou muito bem para o Santos, que errava passes e não atacava com perigo. Logo aos 10min, o Fluminense abriu o marcador, com o lateral-direito Mariano, um dos mais vaiados pela torcida no estádio do Maracanã antes do início da partida.
A jogada foi iniciada pelo próprio Mariano, que partiu para o ataque de maneira decidida, em velocidade. Após tabela com Fred, a bola foi rolada para Conca, que chutou rasteiro, com força. A zaga santista não conseguiu rebater para longe o chute do jogador e ainda deu azar. A bola resvalou em Luizinho e sobrou para o lateral bater no canto direito do goleiro Fábio Costa.
Empurrado pelos torcedores, o time do Rio continuou pressionando. Um minuto após o gol, o centroavante Fred, sem marcar já há cinco partidas, desperdiçou a chance de ampliar, chutando para fora. O mesmo Fred perdeu de novo, aos 11min. Fábio Costa pegou.
Aos poucos, o Santos foi melhorando na partida com boas trocas de passe e mostrando mais velocidade no ataque, valendo-se da fraqueza da zaga do Fluminense, especialmente pelo lado direito, onde Mariano e Edcarlos não se entendiam.
O empate veio aos 37min, em cobrança de falta pelo canhoto colombiano Molina. O goleiro Fernando Henrique tentou adivinhar onde a bola entraria, deu dois passos para a esquerda, mas foi surpreendido com o chute à meia altura, de seu lado direito, e acabou aceitando uma bola defensável.
Ao final desta etapa, Mariano se machucou e foi substituído por Eduardo Ratinho. O objetivo do técnico Carlos Alberto Parreira era criar mais jogadas de velocidade pela lateral.
No segundo tempo, o Santos voltou melhor. Logo aos 6min, Madson recebeu de Molina entre os zagueiros, que pararam à espera de um impedimento inexistente. O meia teve calma para driblar Fernando Henrique e chutar para o gol vazio.
O adversário santista ficou desnorteado. Não conseguia acertar um ataque. A situação piorou com a expulsão de Dieguinho, que cometeu falta por trás em Madson. O jogador do Santos entrava livre e tinha chance de marcar.
Aos 35min, já antevendo a derrota, a torcida do Fluminense começou a cantar em coro: "Time sem vergonha!".
A tragédia tricolor se consumou com a entrada de Neymar e os dois gols que se seguiram a ela. Para piorar, aos 40min, Eduardo Ratinho ainda foi expulso, por jogo violento.


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