São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 2002

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PERFIL

Völler surpreende e já vira homem-forte do Mundial-2006

DOS ENVIADOS A SEUL

A semifinal de hoje é o ponto mais surpreendente da carreira já inusitada de Rudi Völler como técnico da Alemanha.
O ex-atacante da seleção alemã assumiu o cargo para cumprir uma temporada rápida.
O escolhido era Christoph Daum, mas seu clube, o Bayer Leverkusen, no qual Völler era diretor, não aceitava liberá-lo.
Numa reunião em 2000 na federação alemã, foi feito um plano de reação para o futebol do país, que vinha de desastrosa campanha na Eurocopa.
Com anuência dos clubes, Daum foi nomeado para o cargo, mas só assumiria no ano seguinte, e Völler concordou em ficar um tempo no posto.
Um escândalo com drogas, porém, levou a federação a desistir de Daum pouco depois.
Völler acabou nomeado até a Copa. Mais tarde, teve o contrato prorrogado até 2006 e virou o homem-forte na organização do próximo Mundial.
A ascensão tão repentina gera situações bizarras. Como Völler não tem diploma para ser técnico na Alemanha, a própria federação teve de contratar outro treinador, Michael Skibbe, que assina súmulas.
Aos 42, Völler lidera agora gente como Kahn, 33, que, em 1994, dividia com ele a reserva.
Com o técnico, os alemães esperam repetir a trajetória de Franz Beckenbauer -os dois foram campeões mundiais como atletas aos 29 anos e assumiram a seleção sem ter comandado outra equipe antes. Beckenbauer voltou a ser campeão depois, como treinador.
Mesmo com os desfalques e o descrédito antes da Copa, Völler ainda não calou os críticos, como Beckenbauer, que reclamam do futebol pouco vistoso. "Somos a Alemanha. Não podemos jogar como o Brasil", responde. (PC E RD)


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