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PERFIL
Völler surpreende e já vira homem-forte do Mundial-2006
DOS ENVIADOS A SEUL
A semifinal de hoje é o ponto
mais surpreendente da carreira já inusitada de Rudi Völler
como técnico da Alemanha.
O ex-atacante da seleção alemã assumiu o cargo para cumprir uma temporada rápida.
O escolhido era Christoph
Daum, mas seu clube, o Bayer
Leverkusen, no qual Völler era
diretor, não aceitava liberá-lo.
Numa reunião em 2000 na
federação alemã, foi feito um
plano de reação para o futebol
do país, que vinha de desastrosa campanha na Eurocopa.
Com anuência dos clubes,
Daum foi nomeado para o cargo, mas só assumiria no ano
seguinte, e Völler concordou
em ficar um tempo no posto.
Um escândalo com drogas,
porém, levou a federação a desistir de Daum pouco depois.
Völler acabou nomeado até
a Copa. Mais tarde, teve o contrato prorrogado até 2006 e virou o homem-forte na organização do próximo Mundial.
A ascensão tão repentina gera situações bizarras. Como
Völler não tem diploma para
ser técnico na Alemanha, a
própria federação teve de contratar outro treinador, Michael
Skibbe, que assina súmulas.
Aos 42, Völler lidera agora
gente como Kahn, 33, que, em
1994, dividia com ele a reserva.
Com o técnico, os alemães
esperam repetir a trajetória de
Franz Beckenbauer -os dois
foram campeões mundiais como atletas aos 29 anos e assumiram a seleção sem ter comandado outra equipe antes.
Beckenbauer voltou a ser campeão depois, como treinador.
Mesmo com os desfalques e
o descrédito antes da Copa,
Völler ainda não calou os críticos, como Beckenbauer, que
reclamam do futebol pouco
vistoso. "Somos a Alemanha.
Não podemos jogar como o
Brasil", responde.
(PC E RD)
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