São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 2002

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MEMÓRIA

Regimes políticos usaram Copa para fazer propaganda

DO ENVIADO A SEUL

Organizar a Copa do Mundo foi desde muito cedo uma ferramenta olhada com especial atenção pelos políticos.
Em 1934, na segunda edição do Mundial, o ditador italiano Benito Mussolini usou a competição, que havia trazido para seu país, como forma de fazer propaganda política para o regime que comandava.
Mussolini interferiu em tudo: na organização, no formato de disputa e até mesmo na formação da seleção italiana que disputou a Copa.
A competição teve pelo menos uma outra edição contaminada de forma semelhante pelo governo do país-sede.
Foi em 1978, na Copa disputada na Argentina, quando o regime militar usou a imagem da seleção local, que acabou sendo campeã pela primeira vez, para glorificar seu poder.
Em outras ocasiões, a mistura entre política e futebol ocorreu de maneira mais sutil.
Em 1982, por exemplo, os espanhóis fizeram da Copa do Mundo um marco do renascimento do país após o fim do regime franquista.
Por fim, há quatro anos, o presidente francês, Jacques Chirac, reeleito neste ano, pôde capitalizar o momento de otimismo da população surgido graças à conquista inédita do título mundial, disputado em casa. (RD)


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