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MEMÓRIA
Regimes políticos usaram Copa para fazer propaganda
DO ENVIADO A SEUL
Organizar a Copa do Mundo
foi desde muito cedo uma ferramenta olhada com especial
atenção pelos políticos.
Em 1934, na segunda edição
do Mundial, o ditador italiano
Benito Mussolini usou a competição, que havia trazido para
seu país, como forma de fazer
propaganda política para o regime que comandava.
Mussolini interferiu em tudo: na organização, no formato de disputa e até mesmo na
formação da seleção italiana
que disputou a Copa.
A competição teve pelo menos uma outra edição contaminada de forma semelhante
pelo governo do país-sede.
Foi em 1978, na Copa disputada na Argentina, quando o
regime militar usou a imagem
da seleção local, que acabou
sendo campeã pela primeira
vez, para glorificar seu poder.
Em outras ocasiões, a mistura entre política e futebol ocorreu de maneira mais sutil.
Em 1982, por exemplo, os espanhóis fizeram da Copa do
Mundo um marco do renascimento do país após o fim do
regime franquista.
Por fim, há quatro anos, o
presidente francês, Jacques
Chirac, reeleito neste ano, pôde capitalizar o momento de
otimismo da população surgido graças à conquista inédita
do título mundial, disputado
em casa.
(RD)
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