do enviado a Guadalajara

A partida de ontem no estádio Jalisco foi marcada pelos opostos. Na seleção brasileira, o jogador mais aplaudido pela torcida mexicana foi o atacante Ronaldinho,19, o mais jovem em campo.
Na equipe alemã, a atração para o público local foi líbero Lothar Matthäus, 38, o mais velho da partida
Quando foram anunciadas as escalações das equipes, Ronaldinho e Matthäus foram aplaudidos de pé.
Durante todo o primeiro tempo, mesmo quando a torcida começou a se irritar com o jogo e a vaiar os dois times -principalmente o alemão-, os dois foram poupados.
Os mexicanos, que, em sua grande maioria, apoiavam a seleção brasileira, vaiavam muito o atacante Christian, reclamando que ele não estaria sabendo aproveitar os passes de Ronaldinho.
Depois de marcar o segundo gol do Brasil -aproveitando rebote depois de ter perdido a cobrança de pênalti-, Ronaldinho, que comemorou abraçando o técnico Luxemburgo, agradeceu o apoio da torcida.
No final, reconheceu que, apesar do resultado, a seleção ainda está longe do ideal.
""Não foi aquela partida maravilhosa, mas valeu pela vitória", afirmou o jogador, reconhecendo que, especialmente no primeiro tempo, o time teve dificuldades para superar a marcação adversária.
Após a atuação de ontem, o assédio a Ronaldinho, que já era enorme nos primeiros treinos brasileiros em Guadalajara, deve aumentar.
Matthäus, por sua vez, apesar do fracasso na estréia, também deve continuar sendo assediado. No final do jogo, seu nome foi gritado em coro por torcedores alemães. Os outros integrantes do time, pelo contrário, foram muito vaiados, principalmente quanto tocavam a bola sem objetividade.
O jogador, com 25 participações em Copas do Mundo, já disputou cinco Mundiais. Em 1990, na Itália, sagrou-se tricampeão mundial, quando a Alemanha venceu a Argentina na final. (FV)

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