São Paulo, terça-feira, 25 de setembro de 2001

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Vistas grossas
O presidente do Corinthians ficou chateado com a postura de Wanderley Luxemburgo, mas vai relevar. Pelo menos foi o que Alberto Dualib disse a interlocutores ontem à tarde. O dirigente acha que qualquer atitude que tomasse poderia tumultuar ainda mais o ambiente no clube.

Puxão de orelhas
Dualib disse que sabia que Luxemburgo havia se oferecido ao Cruzeiro, conforme revelou a Folha. Avisou que deve ter uma conversa sobre o caso com ele.

Perdão
O presidente do Corinthians afirmou que vai fazer com seu "ex-protegido" o mesmo que costumava fazer com Marcelinho. "Vou perdoar porque ele é um técnico competente, e o Corinthians precisa dele."

Nervos aflorados
Para muitos no Corinthians, o técnico está passando por um momento de intranquilidade e precisa de ajuda. A prova disso seria a áspera discussão que teve ontem com o jornalista Milton Neves, da rádio Jovem Pan.

Apoio
A Gaviões da Fiel, maior organizada do clube, reafirmou ontem o apoio a Luxemburgo. "Ele é o único técnico de primeira linha que está no mercado", justificou o presidente da torcida, Marcelo Caetano.

Ao pé do ouvido
Mas o líder dos torcedores vai cobrar explicações de Luxemburgo sobre as declarações de Zezé Perrella, presidente do Cruzeiro. "Se ele se ofereceu, desrespeitou o Corinthians."

Vitória fora de campo
Depois de duas derrotas seguidas na guerra de audiência, o Corinthians deu a vitória à Globo anteontem. O jogo dos paulistas rendeu à emissora 22 pontos no Ibope, contra 19 do SBT.

Prestação de contas
A oposição a Marcelo Teixeira não está satisfeita com as explicações dadas pelo dirigente sobre as contas do Santos. Reclama que ele não mostrou ainda quando vencem as promissórias nem qual é o valor dos juros cobrados pelos R$ 14 milhões que emprestou ao clube.

Desvio de foco
Cobrado pelos conselheiros em uma reunião, Teixeira desviou o assunto. Comemorou o fato de o Santos ter conseguido um aumento das cotas da TV e mostrou uma carta assinada por Fábio Koff, presidente do C13.

A revolta do Davi
A diretoria do São Caetano anda inconformada com a exclusão do time da Liga Rio-SP. Atual vice-campeão nacional e segundo colocado no Brasileiro-2001, o time do ABC reclama de ser obrigado a disputar o esvaziado Paulista-2002.

Tiro nos co-irmãos
O presidente Nairo Ferreira atirou em Guarani e Etti Jundiaí. "Não entendo por que eles estão dentro, e nós, fora. Quero saber o critério. O Etti foi campeão da segundona, deveria disputar o Paulista. E o Guarani foi rebaixado, mas está na elite."

Ferida aberta
O racha entre o goleiro Rogério e a diretoria do São Paulo ainda tem reflexos no Morumbi. Na semana passada, após críticas feitas pelo diretor José Dias, os atletas fizeram uma reunião para "unir" o elenco. Líderes do time disseram que os atletas não podem contar com a diretoria.

Roupa suja
No encontro, Belletti foi cobrado pelos companheiros, que queriam saber de que lado ele ficará. No caso Rogério, o lateral chegou a apoiar a diretoria. Ele disse que "fechou" com os companheiros e que já havia pedido desculpas ao goleiro.

Na Justiça
O árbitro Márcio Rezende de Freitas deve abrir nos próximos dias processo contra Nelsinho e Luís Fabiano. Alega que foi ofendido pelos dois na final da Copa dos Campeões.

Nova tentativa
A CPI do Futebol tenta ouvir hoje Mário Cupello, diretor do Vasco. Na última semana, o dirigente deu "bolo" nos senadores. Agora, corre risco de ser preso caso falte de novo.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do atacante Romário, sobre a possibilidade de voltar ao Fla:
- É bom também que esses bobões que estão me perturbando saibam que tem gente me querendo.

CONTRA-ATAQUE

Segunda pele

Desde que chegou à Vila Belmiro, Marcelinho tem procurado desvincular sua imagem de ídolo da torcida do Corinthians, arqui-rival do Santos.
Na semana passada, depois de ter participado de um programa em uma emissora de TV local, o novo ídolo santista passou por uma situação inusitada.
Ao chegar à portaria do prédio da emissora de TV, Marcelinho foi surpreendido por uma senhora, de cerca de 70 anos, que o aguardava com ansiedade.
- Pelo amor de Deus, me dê um autógrafo.
Ele sorriu, sacou uma caneta do bolso e se assustou ao perceber que teria de assinar uma camisa da Gaviões da Fiel.
- Veja como [a camisa] fica linda em você. Ainda vou vê-lo de novo no Corinthians, dizia, emocionada, a senhora.
Com um sorriso amarelo, Marcelinho olhou pra todos os lados e só autografou a camisa depois que teve certeza de que nenhum torcedor santista assistiria à cena. Ao lado dele estavam apenas seu pai, um repórter e o porteiro do prédio, que fingiu não ter visto nada.


Próximo Texto: Despenca a avaliação do trabalho de Scolari
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.